Aquecer a casa com madeira

Hoje adquirimos uma salamandra Jøtul F250 para aquecer a casa durante os rigores do Inverno deste nosso clima “temperado”. Como temos lenha aos montes no Sargaçal, pareceu-nos uma solução lógica não só do ponto de vista económico, mas também ambiental.

Ambiental porque entre árvores caídas, partidas e inviáveis temos toneladas de matéria renovável já à nossa disposição. Só o carvalho que está caído no lameiro grande, deve dar para dois invernos! Além disso, Temos uma quantidade de árvores suficiente para abater uma ou outra de vez em quando, sem criar qualquer impacto negativo, principalmente feixes 10 ou mais castanheiros que crescem todos colados. O desbaste e a poda de árvores, não só fornece lenha para a salamandra, como promove o crescimento de árvores saudáveis e fortes.
Para queimar em salamandras não há melhor madeira, todas são boas, algumas melhores que outras e umas poucas a evitar (por motivos práticos). No site woodheat.org, está uma lista de várias espécies com a sua carga energética. O carvalho ou a faia, parecem-me perfeitos para plantar num pequeno bosque sustentável. O pinheiro, é menos indicado porque tem a resina que é bastante peganhenta. Mas, aqui ficam algumas regras para a máxima eficiência:
A lenha para queimar no Inverno deve começar a ser preparada na Primavera, para que possa secar convenientemente no Verão e queimar com o máximo de eficiência. A humidade na lenha traduz-se em perdas de energia.
Os fogos devem ser pequenos e quentes. Isto queima a maior parte dos gases voláteis, diminuindo o risco de acidentes e melhorando a qualidade do ar. Pequenos fogos significam carregar a salamandra mais frequentemente, mas as melhorias em eficiência e qualidade do ar valem o esforço.
Deve-se retirar o excesso de cinza, pois pode bloquear algumas entradas de ar e diminuir a quantidade de oxigénio disponível para queimar eficientemente a madeira.
Se a casa estiver construida com um bom isolamento térmico (ou pelo menos, com algum), diminui a quantidade de madeira necessária.
Deve-se verificar se sai fumo da chaminé. Se não sair, é sinal que a salamandra está a queimar de forma limpa e eficiente.
A lenha deve ser cortada ao tamanho adequado (no nosso caso 30cm). Lenha maior que a Salamandra é uma constante fonte de chateação.
Por fim, mas não menos importante, consta que as Salamandras dão para descontar no IRS, devido a serem uma fonte de energia renovável e o IVA foi de 12%.

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