Não há portão!


Tocaram à campaínha tão vementemente que pensei que eram vendedores de telecomunicações outra vez! Que se lixe, faço de conta. Nem me mexi. Continuei a ouvir Devo (sim, sou antiquado) e a tentar trabalhar. Outra vez! Lá vou eu, de língua em riste, para o que der e vier.

Fosga-se, afinal é o Sr. Nuno, com a família toda. Deu-lhe uma aflição esta noite e a culpa é do portão. Meteu-se por trilhos sem saída. De dia, vá que não vá, é um escape. Mas depois de jantar é um martírio, não pensa noutra coisa. Tem de ficar sem efeito. O portão. A filha intromete-se constantemente e a minha mãe também. Esta reunião à minha porta começa a enervar-me. Peço-lhe para voltar para a semana, para se arranjar uma solução.
Acho para o Sargaçal, nada vai ser fácil. Mas, hoje, quanto não dava por ter andado por lá a apanhar castanhas. Que dia miserável.
PS: Na fotografia está o famoso corrimão, que o Sr. Nuno dá sempre como exemplo de tudo de mau que lhe aconteceu. Hoje, não foi excepção e até pôde mostrar à família.

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