Outra vez
Partiram-nos outra vez um vidro carro. Desta feita, em pleno parque da Câmara do Porto, na Avenida da Boavista, vigiado por homens da Securitas.
É uma forma de dizer. Eles só estão lá a operar a caixa registadora e a ver uma minúscula televisão, e a partir da 20h00 têm ordens para não abandonar o cubículo.
Eu não espero que ninguém se interponha entre o vidro de um carro e algum perigoso meliante. Mas, espero, num parque pago, que exista uma presença que possa ser minimamente dissuasora deste vandalismo que se instalou. Mas não. A CMP contrata uma empresa privada de segurança, para fazer o trabalho de “caixa”, que qualquer funcionário camarário poderia fazer melhor.
Quando se fala em “congelamento” de admissões na função pública, a tradução literal dessas belas intenções é a anarquia. É o escancarar de portas a tudo o que é empresa privada de familiares, amigos, conhecidos e desconhecidos, dos jardins à limpeza, passando pelas oficinas, “cattering”, gráficas e prestadores de serviços de tudo imaginável e inimaginável, a essas entidades públicas onde já há gente a mais.
A tocar no iTunes: Still Ill do álbum “Rank” The Smiths (Classificação: 4)
Uma resposta para“Outra vez”
Á QUE AGRADECER A RUI RIO E MANDAR A CONTA PARA A CAMARA QUE SE FOSSE PESSOA DE BEM ASSUMIA AS RESPONSABILIDADES E RESSERCIA A PESSOA PREJUDICADA POR VANDALISMO PROVOCADO EM INSTALAÇÕES POR ELAS TUTELADAS
É ao Rui Rio e aos outros. Ainda o Rui Rio não era presidente, no mesmo parque perdi o talão. Tive que pagar o dia na totalidade (uns 18 euros, na moeda de hoje). Posteriormente ao lavar o carro descobri o talão debaixo de um tapete(!) e como tinha 15 dias para o apresentar, lá fui eu.
Pensava que era entregar o talão antigo, a prova de pagamento do excesso e estava pronto. Nada disso! Foi preciso entregar um requerimento na CMP a explicar o sucedido.
Recebi o dinheiro passados 14 meses. Ao fim de muitos telefonemas e idas à repartição respectiva — isto porque a minha mãe foi lá funcionária, ainda conhece muita gente e vai lá regularmente. Porque em condições normais, preferia perder os 18 euros. Que cidadão é que pode aguentar isto?