Confirma-se: não havia brisa…
…pelo contrário. Um calor medonho. Saí cheio de sono, cheguei lá em piloto automático. O humor não era grande, estava certo que o dia ia correr mal. Primeiro, porque ia obrigado: Como não arranjo ninguém responsável que ajude (a pagar, entenda-se), tenho de lá ir regar, senão morre tudo.
Depois, também ficaria nada admirado se quando lá chegasse, nem Cláudio, nem Sr. Zé. Mas estavam. Em terceiro, a minha situação mental geral relativamente ao terreno; a indecisão sobre exactamente o que vamos fazer — ficará para outra vez falar nisto.
O Sr. Zé e Cláudio estavam para lá nas limpezas de uma parte que eu acho irrelevante — no sentido que quero deixar zonas de abrigo para a fauna. Interrompi o processo. Mesmo assim, numa zona onde não esperava nada, apareceram duas árvores de fruto (Nespereiras, talvez). Passamos à recolha do que andava pelo chão — é uma luta constante, deitar abaixo deitam, mas depois sou eu que tenho de recolher tudo. Este processo em particular já tinha começado há dois meses ou mais e o entulho ainda andava para lá.
Fui com o Cláudio ligar os últimos 100 metros do ramal de água e as últimas quatro caixas no Lameiro da Gracia (se fizesse um texto, seria o Tubo para a água 19). O positivo é que acabamos e acho que não passou um ano! Ainda falta cobrir algumas partes do tubo.
Coloquei uns aspersores a regar em vários locais. Notei mais tarde algo preocupante, embora não seja novidade. Só o Tanque 2 está activo e com as torneiras abertas e o que verte, a água que entra não é suficiente para o manter cheio. Chegou a metade da capacidade mais rápido do que eu contava. Com a previsível redução do caudal em breve, mesmo sem a intervenção do famoso Sr. Cristóvão, a situação vai ser má ou péssima. Não podemos esperar mais, tenho mesmo de arranjar os tanques. Sempre são 120.000 litros armazenados, com um sistema gota a gota, dava para o Verão todo, mesmo que não chegasse mais água nenhuma.
À noite fui jantar à sede da Associação para a Defesa do Vale do Bestança. Super-atrasado. Cheguei às 21h30, mas andava meio convencido que seriam 20h30. Toda a gente já tinha terminado, mas tinha sobrado mais que suficiente.
Habitualmente, as conversas mais interessantes que tenho são com o Sr. Segadães e Sr. Franklim. Químicos, claro; e outras coisas. Na próxima vou levar umas fotocópias ao Sr. Segadães sobre como cultivar oliveiras biologicamente. Mas, o melhor, foi o Sr. Franklim dizer-me que dispensa o Sr. Américo às sextas, se ele vier trabalhar para mim. Se o Sr. Américo concordar, será óptimo, porque trabalhador como ele, acho que não vi nenhum.
Depois, caminhada até Valverde… Prontifiquei-me logo, mas quando me levantei descobri que nem me podia mexer. Fica para outro dia.
Afinal até correu bem.
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