O que se tem passado nas minhas culturas…

De modo a colocar os meus textos em dia, actualizar o meu famoso “diário”, vou fazer um apanhado geral do que aconteceu desde o transplante e o ataque dos bolores.
Continuo indeciso sobre a efectividade do transplante. Apercebo-me que houve de algum modo uma selecção e só os rebentos mais resistentes ou fortes sobreviveram. Não que tenha sido uma razia, pelo contrário, mas de qualquer maneira não fiquei, nem estou, animado com o resultado e muito menos convencido com a maneira como o fiz. Apesar de tudo e até mais ver reparei que os rebentos mais resistente ao processo parecem ter sido os de chicória. Mas continua a ser algo em evolução e avaliação.

Entretanto, e depois de um período de nascimentos e crescimentos fabulosos, as coisas pareceram estabilizar na maior parte das culturas não vendo eu grandes desenvolvimentos. A excepção está no caso dos girassóis que crescem continuamente, apresentando já as folhas secundárias e mesmo o último pé, a nascer, parece depressa recuperar o atraso em relação aos que tinham nascido bastante antes. Anis e salsa também crescem sem problemas e são esses que mais se têm visivelmente desenvolvido.
Entretanto resta relatar que dia 25 de Abril tive boas notícias: para começar deixei de ter um pé solitário de alfazema, para amostra, e uma série deles começaram a romper para a luz do dia. Também, e felizmente, apareceram-me os primeiro rebentos de hortelã, pelos vistos não muito afectados pela transformação da mini-estufa num simples tabuleiro de cultura. Mas a grande surpresa foi mesmo a de apesar de não termos cravos cá por casa tivemos uma revolução de morangueiros… dia 25 um rebento envergonhado despontou finalmente, no dia seguinte mais outro…
Em suma, de tudo o que semeei até agora só não há mesmo sinal do manjericão, apesar de ainda ter outras sementes, da mesma proveniência e ainda de outra, que poderei semear. De resto as diferenças de crescimento e certas “estagnações” deixam-me confuso, especialmente no caso de algumas espécies que tão rapidamente se estavam a desenvolver (cebolinho, tomilho, espinafre, chicória, alface) e de outras que começaram a nascer mas que não descolam de, pelo menos visualmente, duma mesma situação (oregãos).
No meio disto tudo aguardo pacientemente para ver quais serão os próximos desenvolvimentos.

Uma resposta para“O que se tem passado nas minhas culturas…”

  1. José Rui Fernandes

    A estagnação que falas, estou eu a observar nos tomateiros ‘brandywine’ e na alface ‘bionda foglia’. Não percebo. É que no caso da alface, não só parou completamente como parece querer andar para trás.

  2. rosa

    Pois é as plantinhas são muito dadas a caprichos que a maior parte das vezes não conseguimos explicar, mas acreditem que têm sempre uma razão de ser, e cabe aos jardineiros descobrir o que lhes falta (ou o que têm a mais).
    Só mais um comentário acerca da chicória, no prato acho intragável(gostos não se discutem) mas vale a pena plantar nem que seja pela flor que é encantadora.

  3. Ana

    querido horticultor amador:
    tenho cá para mim uma dúvida a que talvez me possa responder.
    ou antes, duas.
    primeiro: o meu amor-perfeito morreu, mas já houve uma altura em que me morreu um e no verão seguinte ressuscitou. acha que este também ressuscita?
    segundo: acabei de semear os meus morangos e estamos em meio de maio. acha que germinam?
    um abraço de colega*
    ana

  4. Olá Ana,
    a primeira questão que coloca não tem propriamente a ver com ressuscitação… o que se passa é que a parte aérea da planta morre e a parte subterrânea continua viva e floresce de novo no ano seguinte. Para mais dados pode agora consultar o nosso glossário e verificar por exemplo o conceito de planta perene.
    Quanto à segunda questão, não vejo porque não germinarão, afinal é tudo uma questão de as condições se reunirem para que germine: temperatura, luz, humidade. Há que ter esperança e esperar.
    Espero ter esclarecido.

  5. Ana

    obrigada!
    os meus morangueiros estão gigantescos! não páram de crescer e parecem o dobro em relação às sementes que semeei!

    quanto ao amor-perfeito, tragicamente…(suspiro) nem sombra dele)…
    mas obrigada na mesma!
    um abraço
    e tudo de bom!

Os comentários estão fechados.