O fim da aventura dos tanques
Na Sexta-feira, a caminho do fim da aventura dos tanques. Este arranjo, já devia ter sido antes, mas como sabem se foram lendo, dúvidas não nos têm faltado, sobre se, onde e como gastar dinheiro no terreno. Às vezes não há dúvidas que vale a pena, outras é a certeza absoluta que não vale… E os tempos, exceptuando para alguns, não estão para brincadeiras.
De manhã, entre passar no Mouta, no depósito de materiais para recolher 10 blocos e uma tentativa de ir à Casa da Cultura ver a “Exposição II Encontro Internacional de Ceramistas em Boassas”, não fiz mais nada.
Quando cheguei à Casa da Cultura, um espaço muito interessante, passavam uns minutos do meio-dia. Estava tudo fechado e não vi um horário em lado nenhum, aliás nada indicava estar a decorrer qualquer tipo de exposição lá dentro… Nenhum anúncio, faixa, nada. É um aspecto a rever, julgo eu.
Aproveitei para dar uma pequena volta no jardim em frente. Confesso que quando o vi em obras esperava mais. O curso de água estava parado, no geral o espaço ficou pouco excitante. Pelo menos, a alfazema cheirava muito bem. De qualquer modo, a grande beneficiária do espaço foi a Casa da Cultura, agora instalada num contexto com mais dignidade.
Fui até casa do senhor Franklim e combinei ir ao Souto de Azevedo, depois das oito. É um terreno perto do restaurante Solar de Montemuro, já em plena serra. Tem vindo a ser recuperado, tem um palheiro restaurado, tanque novo, sistema de rega e uns 500 castanheiros… Depois disso ainda fui jantar com ele, um pastelão de bacalhau, prato que nunca tinha provado. É bom. A conversa foi variada, pareceu um micro-jantar das quintas.
Muito antes disso, os tanques. Eles estavam a terminar o chão do Tanque 2. O Tanque 1, praticamente pronto pareceu-me bem decente. A ideia que tive de colocar uma bica de pedra, resultou bem e ficará melhor ainda quando aparecer o musgo. Sempre é bem melhor que um mero tubo preto.
Ainda tive de ir ao depósito com o jipe buscar mais quatro sacos de cimento e aproveitei para juntar mais 10 blocos. Que trabalho duro!
Na Sexta, mais uma ida ao Mouta e de seguida fui directo para o terreno. Eram os acabamentos e coloquei o sistema de tubagens a encher via Tanque 1. Passei o dia a movimentar terra, de modo a ter a envolvente dos tanques de acordo com o figurino. Agora queria plantar, lá para Outubro, uns arbustos pouco vigorosos (por causa das raízes) e de baixa manutenção e preocupação.
As horas foram passando e não ouve tempo para terminar definitivamente uns muretes que mandei fazer para segurar terra. O lixo, fui recolhendo e recolhi todo. O que não gostei foi do estanderete que ficou no caminho público, com os restos de areia e resultado de misturar o cimento… Já muito tarde, dei um pequeno jeito com o Cláudio, mas na próxima não fica assim. Sou de opinião que no fim deve ficar tudo como se encontrou. Em países como Alemanha e EUA, no fim de cada dia tem de ser tudo arrumado da via pública — e ai que alguém escorregue e caia num resto de areia…
Como sempre, o Cláudio ficou por lá… e saímos eram 22h30, já de noite. É obra. Para mim, o trabalho começou às 9h30, mas para ele foi às 7h30. Não digo que não estivesse também estourado, mas não entendo de onde lhe vem a energia presente. Só o posso elogiar, merece. Está a encarreirar.
Eu não sei se é do ar, da altitude, do exercício físico contínuo e falta disso tudo no Porto, mas só sei que passados dois ou três dias no Bestança, regresso pouco melhor que inutilizado. Literalmente. Ando aqui a arrastar-me outros dois ou três dias, até me sentir minimamente apto e pronto para outra.
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