Verdadeiramente patético

Junto ao cemitério de Paranhos, há um edifício que se não me engano pertence à Faculdade de Medicina Dentária. Esteve anos com uns tapumes que recentemente foram retirados, não sei se planeadamente se porque cairam devido ao vento durante este Inverno.
O facto é que o cenário é verdadeiramente terceiro-mundista, um “jardim” ao abandono, uns grafitis na parede, entulho aqui e ali. E umas árvores, que não sendo extraordinárias, seria a única coisa aproveitável no conjunto. Há uns dias estiveram a limpá-las, de uma forma que até achei surpreendente. Durou pouco. Hoje já as estavam a rolar e a deixar os destroços por demais conhecidos e documentados.
Ainda a pensar nessas de regresso a casa, no Continente de Matosinhos, obra arquitectónica linda como toda a gente sabe, lá andavam funcionários de um horto que não consegui ver o nome (seria Carvalhido?) a desgraçar completamente as árvores que em alguns casos já conseguiam dar alguma sombra ao estacionamento da plataforma superior. Não tenho fotografias, mas a imagem é sempre a mesma, uns paus patéticos onde antigamente estavam árvores.
O que está a acontecer diariamente ao nosso património arbóreo é puro escárnio. Em termos hortícolas, somos a chacota da Europa. Diz-se muitas vezes que as árvores são podadas por madeireiros, mas se assim é, são madeireiros que gerem os hortos e “garden centres” deste país. Atravessamos uma verdadeira idade das trevas. Haja paciência.

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