Uma pérola do copy/paste blogosférico
O administrador da NASA Michael Griffin, desvaloriza o aquecimento global (NPR), com argumentos espantosos. É o despontar da ciência relativista.
Por coincidência, estas declarações surgem quando Bush mais precisa delas para continuar por outras palavras, exactamente a mesma política (White House), em vésperas de G8. Claro que n’O Insurgente, blogue sempre muito bem informado, não sabem que o administrador da NASA é nomeado por uma outra administração, a Bush. Também por coincidência, numa altura em que existe por cá uma preocupação legítima relativamente a estes funcionários da cor a ou b (Abrupto). Mas um tal de BZ, sempre na vanguarda piadética que caracteriza esta direitinha adepta do engraçadismo, chama-lhe “funcionário público” e em título “herege”.
Já André Azevedo Alves, utiliza diz que é uma espécie de argumentos como por exemplo “eco-fanáticos”, de uma forma verdadeiramente notável. Mais à frente não deixa pedra sobre pedra e dispara — “eco-religião” (daí o “herege”). Demolidor. Com argumentos e interlocutores desta craveira é que vale a pena discutir as alterações climáticas.
Para um doutorando em terras de sua majestade, nem nas parcas linhas que lavra para além dos copy/paste com que ilustra profusamente as suas inúmeras postas, me parecem muito originais.
Felizmente, apesar de todas as pressões da indústria imperialista americana e das ameaças dos fássistas, continua a haver, pelo menos para já, quem corajosamente denuncie a irracionalidade do capitalismo: Cuba Bate Recorde de PIB. Por Hugo Chávez.
Baseei-me num pasquim da extrema-esquerda, será um nível intelectual distinto? Duvido muito.
O cepticismo é bom. A desonestidade é má. A desonestidade intelectual é má. A ignorância não é boa. A arrogância é má conselheira.
Existem três tipos de cépticos do aquecimento global: Os que mantêm reservas, questionam, investigam e tentam encontrar respostas; os que por ignorância ou falta de informação acreditam genuinamente que o que se passa não é grave (já só habitantes de planetas distantes acreditam que não se passa nada); e por fim os aldrabões, vendedores de banha da cobra contemporâneos.
Da NASA, onde os desmancha prazeres também abundam, apesar de recentemente sob a tutela Bush se terem eclipsado da missão da agência as palavras “to understand and protect our home planet”, no mesmo dia das declarações de Griffin é publicado mais este estudo — Earth near climate ‘tipping points,’ NASA says (MSNBC) — obviamente escapou ao apertado escrutínio editorial do blogue do copy/paste –, que se seguiu a outros dois, também da NASA — Greenland sees more days of melting snow (MSNBC) e Big area of Antarctica melted in ’05, study finds (MSNBC).
E um dia antes, a revista Environmental Science & Technology dava conta que as previsões do IPCC dos impactos do aquecimento global andam a falhar… por defeito.
Uma resposta para“Uma pérola do copy/paste blogosférico”
Eu comento: Majestade e não magestade. O “resto”, passo. Por razões óbvias decorrentes deste post.
Destas defendo-me sempre dizendo que num post mais abaixo escrevi certo (o que é verdade). Obrigado.
Eu comento também: não percebi o seu comentário, espumante. Desculpe a minha má compreensão dos factos por si apresentados, acordei hoje com vontade de ler algo interessante, mais do que pequenos telegramas enigmáticos.
Ora vamos lá ver, o “resto” passa, mas para si o que é o resto? E passa por razões óbvias decorrentes deste post, mas quais razões? São todas ou são apenas algumas as razões pelas quais “passa” o resto? Deixo-lhe algo que pode, talvez, ajudá-lo:
“Tememos as coisas na medida em que as ignoramos”
Tito Lívio.