Regresso ao Sargaçal
Hoje fomos até ao Sargaçal. Estava planeado almoçar no restaurante “O Meu Gatinho”, mas estando encerrado para férias, fomos ao “Solar de Montemuro”. Já não gosto tanto da “configuração construtiva” de acrescentos, que para mim não tem nexo. Mas a comida, nada má mesmo.
Lá para as 15h00 chegamos ao Sargaçal, ao fim de seis meses, o que considero um bocado lamentável. A entrada, ou seja parte do caminho comum, está nada menos que vagabunda. Durante vários anos, não se distinguia muito a passagem do terreno desse senhor para o nosso. Agora, quando se entra no nosso, felizmente, nota-se bem.
Levei máquina fotográfica, mas esqueci-me de tirar fotografias. Um sinal de um Verão excepcional, foi a presença de vários cogumelos. Habitualmente só aparecem a partir do Outono e com humidade. Outro sinal, é a verdura presente. Em condições normais, devia estar tudo acastanhado.
No geral o Cláudio controlou tudo minimamente. Mas faltou recolher muitos detritos vegetais das limpezas, o que é típico.
Assinalável o crescimento desta Sequóia gigante, uns 50-60cm (tanto como estes anos em vaso). Negativo o desaparecimento de vários Cedros-de-itália (o Cláudio diz que não os cortou e de facto não há vestígios) e vários castanheiros secos. Tudo somado, está tudo mais ou menos.
Enchemos o jipe de lenha, água, laranjas… O resto da fruta desapareceu toda. Já há um par de anos que sabemos que temos lá grandes admiradores da fruta que fomos plantando. É uma questão de tempo até saber quem é.
Já a descer de regresso, aparece um canídeo brincalhão no meio do estradão. Fugiu à frente do jipe e ao darmos a última curva deparamo-nos com duas pessoas a fugir à frente do cão. Uma delas, o nosso digníssimo vizinho de baixo. Passamos nas calmas sem sinal de ninguém. Bonito. Verdadeiramente edificante. O nosso reeencontro vai ser deveras interessante.
Uma resposta para“Regresso ao Sargaçal”
Boa noite.
Sou uma minhota, que tinha uma casa muito bonita(para mim é), com algum terreno à volta, metade era jardim e a outra metade era de ervas daninhas.
Já tinha tentado cultivar algumas coisas, mas como pagava a alguém para vir semear e cultivar a terra, acabava por fazer contas e o que colhia(que não era muito) ficava contas feitas a preço de marisco.
Até que desisti e limitava-me a ter o terreno apenas livre de ervas daninhas e nada mais.
Embora adorasse mexer na terra ia-me ficando pelo jardim, até porque tenho o meu emprego e o tempo não é muito.
Com o que fui ouvindo e com o que fui pesquisando sobre o que comemos comecei a assustar-me. Ás vezes pensando que estamos a comer e a dar aos nossos filhos o melhor, chegamos á conclusão que afinal estamos a comer doses elevadíssimas de produtos químicos.Comecei a pensar então em ter uma horta sem químicos e feita pelas minhas mãos, mas os meus conhecimentos não eram muitos.Voltei ás minhas pesquisas de como fazer e quando.
Resumindo, numa dessas pesquisas encontrei a quinta do sargaçal.
Primeiro devo e quero dar os parabéns ao José Rui, porque para leigos como eu após ler estes artigos estamos uns perfeitos agricultores, capazes de cultivar e cuidar da nossas hortinhas(a continuar assim em breve terei uma horta à séria)Sim porque isto ao fim de algum tempo torna-se um vicio.
Quero dizer que por causa da quinta do sargaçal há uns bons 6 meses que não compro legumes, até tenho para brindar alguns amigos de vez em quando com um repolho ou uma couve roxa ou umas courgetes.Já tenho de tudo um pouco e em doses quem nem sobram nem faltam (sim porque também aprendi aqui que não se deve semear de uma vez mais do que consome)e vou semeando,assim nunca estrago e tenho sempre de tudo.Só ando um pouco preocupada com o inverno, acho que vou ter os primeiros desgostos, com a neve e com as geadas de certeza que a minha horta vai sofrer.
Até aqui devo dizer que tudo foi um sucesso á excepção dos pepinos (nem um )e dos tomates que aparecem como que queimados, mas alguns lá se vão safando e tudo apenas com a compostagem que vou fazendo e com excrementos de coelho, que vou buscar á minha mãe (ainda não tenho animais).
Agora para terminar vou dizer o que tenho; courgetes,espinafres,repolhos,saboias,couve roxa,alho francês,cebolas,pimentos verde,pimentos de padron,feijão verde(acabou o primeiro já semeei mais),couves lombarda,nabos, nabiças,abóboras,brócolos,couve flor,cenouras(anda um ratito a querer partilha-las comigo), tomate grande e tomate cherry algumas ervas aromáticas e alface.Ou seja uma verdadeira lavradeira minhota.E toda a família reconhece que o sabor destes legumes em nada se compara aos que habitualmente comprava no supermercado.
Fui de férias e embora ficasse alguém a regar notei que a minha horta teve saudades minhas, encontrei tudo cheio de ervas daninhas e algumas coisas um bocadito secas mas já lá andei no passado fim de semana(a minha horta até consegue que eu num domingo de manhã me levante cedo, coisa impensável há um ano), oito dias passados e ja é a minha hortinha de novo verdinha.
Bem por hoje é tudo e quero agradecer uma vez mais pelas excelentes ideias e dicas que aqui vou encontrando.
(Um destes dias vou tirar as fotos para vos mostrar)
Cara Rosa Silva, obrigado pelo seu comentário. Envie-me fotografias (para o mail que tem na penúltima linha, lá em baixo).
Hoje, está terrível. Muita gente cultiva umas coisas mas seguindo os métodos agro-químicos (o facto é que estão convencidos que é a única forma), mas para mim a única coisa que faz sentido é cultivar sem químicos, mesmo que pontualmente possa ter menos (detestados afídios). De outra forma, faria mais sentido financeiro comprar tudo.
Já me tenho questionado se não será sugestão nossa… Mas também observo que os outros também acham as coisas boas, portanto deve ser mesmo verdade :) .
De resto não tem que agradecer. Eu ultimamente ando sem tempo para me dedicar à parte hortocola do blogue, mas a ver se melhora em breve. Fico contente que tenha tantos sucessos. Espinafres é algo que ainda não experimentei e toda a gente gosta.