Contra as crenças da fé as razões da lógica nada podem, está visto mais uma vez*

A Helena Matos, aprendeu umas coisas sobre as alterações climáticas com um seu colega de blogue e chapou esses belos conhecimentos numa página do Público (Blasfémias). Mas tudo muito bem misturado, a ver se num assunto onde já ninguém se entende, a confusão é ainda maior.
Primeiro, o típico uso do tempo para justificar opiniões sobre o clima. Sempre a ignorância que dá jeito, quando dá jeito.

Depois, a alegação que o assunto foi esmorecendo porque agora a China suplantou os EUA como maior emissor de gases com efeito de estufa. É a teoria da justificação, versão Helena Matos. Uma patetice.
Primeiro porque até confirma, dando razão, uma exigência de sempre de George W. Bush de incluir a China em qualquer acordo sobre alterações climáticas; segundo, os argumentos perante a actuação da administração Bush e o seu registo ambiental são tantos, que na verdade é mais um menos um; terceiro, é daí? A China é o maior poluidor à conta do lixo que fabrica essencialmente para o Ocidente, designadamente os EUA. O que acontece é que além da mão de obra barata, a China é também o vazadouro para as indústrias mais poluentes do Ocidente. Em que é que isso iliba os EUA? Em zero.
Como jornalista, devia ter um entendimento mais consistente sobre as razões de certas histórias ganharem muita notoriedade nos media e outras nenhuma, a sanha anti-EUA não justifica tudo e é uma explicação primária.
Por exemplo, este ano o nível de gelo no Árctico está capaz de ser menor que o do recorde mínimo do ano anterior (Real Climate). No entanto, a comunicação social não fala nisso. E não é só a comunicação social de esquerda anti-Bush. Nem é só em Portugal (o que provavelmente é a verdadeira razão de uma imprensa seguidista e preguiçosa, não falar cá — não a mudança de “alvo estratégico” que defende a Helena Matos).
O Verão decepcionantemente fresco é 0,5ºC a 1ºC mais fresco que a média desde 1971 em Portugal (Instituto de Meteorologia).
A energia nuclear limpa é mais uma invenção da administração Bush (Heritage.org + Clean Tech). Não se percebe muito bem a sua inclusão numa diatribe anti-ambiental. Realmente a fé move montanhas, inverte valores e gera argumentos com uma facilidade impressionante.

*Comentário de Carlos Abreu Amorim, uma máquina de inversão de valores, como de resto esta frase o demonstra uma vez mais. As razões da lógica de facto, nada podem, contra a fé. A fé na inexistência de um aquecimento global de origem antropogénica, principalmente se um dos grandes causadores forem os US of A.

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