Manutenção da gravilha

Por José Rui, 1 de Março de 2009

Entretanto chegou outro Sábado e acabei por não descrever completamente o que tenho feito no jardim. Resumidamente e assinalável, plantei mais uns bolbos e semeei Ervilhas-de-cheiro. E transplantei mais uns vasos (de pequeno, para maior). Isto, até Terça-feira passada.
No presente, andei a transportar vasos bem pesados de um lado para outro. Também a fazer manutenção da gravilha. Perguntam o que será isso de manutenção da gravilha… Não me ocorreu expressão melhor.

Por baixo há uma tela da Dupont que evita que cresçam ervas — que por acaso já tem solo acumulado suficiente para algumas ervas daquelas mesmo daninhas se agarrarem —, nos limites dessa tela, as minhocas nestes dois anos e meio, acumularam vários centímetros de terra. É incrível, mas é o que elas fazem. E se alguma vez perguntaram a razão dos monumentos antigos aparecerem debaixo de toneladas de terra, agora já sabem parte da causa (multipliquem poucos centímetros por poucas centenas de anos).
Essa terra é suficiente, por exemplo para o Ophiopogon japonicus sair do canteiro para a gravilha. Assim sendo, estive a transplantar esses pés. Também removi a gravilha, a tela e retirei essa terra acumulada, junto com algumas minhocas. Nunca fica tão bem como de novo, mas paciência, também não fica melhor não fazendo nada. Essa actividade ocupou-me bastante tempo. No fim ainda andei a catar (literalmente) folhas do meio da gravilha e depois ainda a lavei com uma mangueira.
No fim do dia, podei a macieira ‘Bravo-de-esmolfe’ e um limoeiro ‘Galego’. E não acabei, porque as dúvidas começaram a acumular-se. São duas árvores a ser treinadas contra uma parede e queria ver se errava pouco. Ando há semanas para escrever algo sobre a poda das macieiras e pereiras para o Jardinagem.org, mas ainda não consegui algo simples e sistematizado que eu possa entender sem dúvidas e que outros leitores possam também entender.
Pelo menos — e nem considero pouco —, já sei identificar perfeitamente¹ um dardo na macieira e que dali nascerão os esporões, que por sua vez darão os frutos. Sem esse básico, nem vale a pena tocar nas árvores.

¹ Ramos especializados das fruteiras (Jardinagem.org).

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