Não é pequeno nem poupado
Hoje fui até ao quintal ver como andam as coisas sem a minha presença. Nos feijões, andava um produto esbranquiçado, que não me parecia calda bordalesa… Nas favas também (bastava ter cortado as pontas)… No Hipericão-do-Gerês também (haverá quem faça chá disto agora?)… O cheiro a petróleo e a mortandade de afídios não enganam. Voltou-se à primeira forma. Ao uso indiscriminado de químicos e também já lá vejo adubo sintético (o estrume é aos montes, mas pelos vistos não chega).
Que pensar, quando nem as pessoas mais próximas conseguimos influenciar? Nada. Não quer dizer nada. É até eventualmente mais difícil. Muitas vezes são os de fora que estão mais receptivos a aprender alguma coisa. A mentalidade retrógrada e estas práticas tão bem enraízadas, são absolutamente impossíveis de mudar. E nem vale a pena discutir o assunto, porque o resultado é esse mesmo: Só discussão.
Mas, continuo sem perceber a motivação. Por questões económicas não é. É para andar entretido e dizer que come o que cultiva? Fraca cultura. Tenho a certeza que nesse caso, é menos nocivo e perigoso adquirir produtos no supermercado com o mínimo controle, do que agro-química caseira. Em casa, estes produtos não têm controle. Desde que mate já é bom, mas o químico utilizado, as dosagens, a própria quantidade pulverizada é à balda. E como se pode ver pela folha de hipericão, o esforço não é pequeno nem poupado.
Uma resposta para“Não é pequeno nem poupado”
“Que pensar, quando nem as pessoas mais próximas conseguimos influenciar?”
Realmente, é desanimador quando nem os mais próximos nos seguem. Mas que lhe sirva de compensação, José Rui, eu não sou o único que influenciou. Acredito que muitos que cá tenham vindo parar uma vez, e que eventualmente ficaram fiéis seguidores do Sargaçal, tenham sido e continuem a ser influenciados pelo excelente trabalho que tem desenvolvido!
Aquele Abraço
João
Caro João Espinho, obrigado. Isto é mais desanimador que que se imagina. Este fim de semana vou arrancar as alfazemas e rosmaninhos que plantei na horta, porque não estou para atrair insectos benéficos (estão sempre cheios de abelhas) para serem recebidos com derivados do petróleo… Mas já sei que se não é aqui será noutro lado.