Desvaneceu-se
Dos primeiros e dos seguintes a falar de horticultura e jardinagem, julgo que muito poucos serão os que continuam. Os que o fazem é já sem o brilho de outros tempos e os posts aparecem cada vez mais espaçados.
Por muito que os optimistas me queiram convencer do contrário, nestes sete ou oito anos de blogues em português, não me lembro de um único… huh… memorável.
Depois de anos de blogues, foi-se finalmente o entusiasmo de descrever mais um corte das trepadeiras no fim de semana. No Sargaçal não se passa nada e o que se passa mais valia não se passar (roubarem-nos tudo e a ladroagem geral que por lá grassa). Desvaneceu-se o entusiasmo.
Uma resposta para“Desvaneceu-se”
Tudo o que dura bastante tempo passa por momentos de menor entusiasmo.
Por acaso já me tinha lembrado do Sargaçal. É difícil estar longe de uma coisa e governa-la bem… Infelizmente o tempo não dá para tudo…
Por aqui, o meu jardinsito e blogue continuam de vento em poupa!!! Continuo entusiasmado com os dois…
… Vá lá! Ânimo!!!
Boa noite,
se lhe servir de alento devo confessar que passo por aqui quase todos os dias para saber noticias da sua horta.
A minha também continua de vento em poupa, nada me consola mais do que no fim de um dia de trabalho ir fazer as minhas sementeiras e colheitas. Ainda hoje fiz uma grande recolha e vai de chamar marido e filhos para que pudessem apreciar mais uma mão cheia de produtos fresquíssimos acabadinhos de colher.
Pensar que há dois anos nada disto existia… onde agora há de tudo um pouco havia apenas ervas daninhas e uma vontade enorme de nem olhar para lá.
Confesso que foi um pouco na quinta do sargaçal que fui buscar inspiração,vontade, conhecimento. Fez-me acreditar que tal como aconteceu era possível.
Há de tudo um pouco alhos,cebolas,cenouras,repolhos,espinafres, brócolos, couve-flor,alface,morangos, framboesas,tomate,tomate cherry,couve saboia,courget,pimentos normais e de padron, piripiris, pepinos, etc. A parte melhor é que tudo isto sem recorrer a químicos e apenas com fertilizantes naturais.
No inverno as coisas complicam-se mas como faço um bom stock (do que é possível claro)tudo congeladinho é só ir buscar à arca congeladora e pôr na panela.
Ainda hoje vou ver se consigo pôr aqui algumas fotos da colheita de hoje.
Por isso meu amigo mãos à terra, até porque ainda me lembro de ler uma coisa parecida como…”esta noite deu-me uma urgência em semear….”. Nessa altura fez-me sentir “normal” e perceber que não era só eu a ter esses “ataques” fora de horas (rsrsrsr).
Fico à espera de boas noticias e boas colheitas.
Cumprimentos agrícolas(biológicos claro).
Pois não sei o que se passará no futuro, mas eu, como só herdei o quintal há pouco tempo aínda ando entusisamada.
Acredito que sim, ao fim de vários anos isto secalhar passa-me.
De qualquer maneira tenho o dever de o animar porque gosto da sua companhia
eugenia
Como sou um novato com pouco mais de um ano de blogue, ainda estou em primeiras núpcias com o meu Lugar nunca pensei. Mesmo assaltado há dias,mesmo com a Natureza a roubar-me tempo e paciência, continuo a tirar prazer de pequenas coisas que fazemos neste lugar. Espero que o anime a continuar o Sargaçal.Cpmts Joba
Hehe… é um bocado difícil de explicar… vejamos… talvez algo de Álvaro de Campos me ajude:
Não é por acaso que pertence a um poema chamado “Realidade”.
Mas obrigado pelas vossas palavras:
@Greenman Espero que continues a perseverar.
@ Rosa Já não me lembrava dessa… hehe… pois, é outro problema… os meus hábitos noctívagos atrapalham bastante a minha jardinagem acho eu. Acho que pelo que vi das fotografias (vou publicar, se não se importar), é uma jardineira bem melhor que eu.
@ Pode ser que não lhe passe… a mim não passou, ando é sem grandes ilusões de vida bucólica, grandes e saborosas culturas e grande tempo no campo…
@ Joba Pois os assaltos… também nos Açores. O Cláudio no Sargaçal diz que com a falta de dinheiro, há lá meia dúzia de energúmenos que tem de arranjá-lo de qualquer maneira — e trabalhadores já não eram grande coisa antes… e roubam.
Enfim, vou continuar por cá, mas sinto que não tenho muito a dizer do jardim e do quintal. Vou tirando fotografias.
O tempo foi diminuindo e as responsabilidades crescendo (e só me refiro à jardinagem, porque o resto nem se fala).
Hoje, por exemplo, os vasos nem sei, mas serão mais de 400 (eram zero há uns seis ou sete anos)… passo meia hora por dia, ou mais, a regar vasos. Só isso é mais do dobro dos meus 15 minutos diários de jardinagem, no fundo, sem fazer nada de especial que não seja manter as plantas a viver. Cerca de 100 árvores já deviam estar no Sargaçal há dois ou três anos e andam aqui, estão grandes e dão-me uma trabalheira… as trepadeiras são outra fonte de trabalho improdutivo… há muito assim.
Olá,
também sou companhia assídua do Sargaçal, há muito tempo. Gosto muito da sua partilha e tenho encontrado sítios muito interessantes, novas ideias com os seus posts. Tenho uma amiga que diz que um jardim/horta é um poço sem fundo, nunca acaba. Eu este ano optei por não me dedicar à horta, está em estado “freelancer” mas ainda assim tenho umas couves, umas acelgas, espinafres, umas aromáticas, umas flores comestiveis cujas sementes estavam na terra ou os pássaros trouxeram. Com três princesas para maternar, uma delas ainda bébé em plena descoberta e mais a vida profissional tenho muito para “jardinar” todos os dias.
Mas continuo a sonhar com os meus projectos e a aprender na leitura, na net, aqui também.
Fica o meu incentivo. Gosto de como cuida desta “Quinta do Sargaçal”. Obrigado, Zé V.
Cara Maria, com três é uma verdadeira remadora contra a corrente. Parabéns!
Por falar em leitura… outra… Recebo a Gardens da RHS e a Gardens Illustrated. Esporadicamente compro outras revistas se as encontro. Este ano tenho reparado para minha desilusão que chega o número seguinte e ainda não li o anterior. Não é grande sinal de tempo, mas quando o tempo falta, na minha opinião há sempre entusiasmo que já não chega… talvez se tenha desvanecido mesmo.