Pelo jardim
Tenho andado por aqui nas trepadeiras — aparar trepadeiras é uma função diária. A famosa (não) Ficus repens foi podada pelo jardineiro da minha mãe porque estou impossibilitado de fazer macacadas em cima do telhado da garagem. Por acaso fez um bom trabalho (para não serem só críticas). A fotografia é anterior claro, é de Agosto. Cobre agora toda a parede o que significa que acabou a expansão, é preciso aparar mais frequentemente e a área é enorme. Demorou dez anos.
Podei a Gardénia totalmente recuperada do mau tratamento canino de há uns anos. Até floriu este ano. Deve-se podar depois da floração e antes de ter botões novos (esta tem meia dúzia de botões novos, mas estou um pouco confundido com a época). Está gira no vaso e os olhos abaixo dos cortes já despontam que é assim que fica compacta e de porte realmente arbustivo.
Podei as alfazemas todas. É uma planta misteriosa, porque continua a morrer-me sem razão. Ainda esta semana, uma Lavandula dentata ‘Royal crown’ foi-se. Estava sozinha num vaso grande ao lado de outro com quatro iguais. As quatro, bonitas e a florir outra vez. A outra de florida a seca em poucos dias. Tudo igual, incluindo rega.
Vi no Jardim Com Gatos favas a despontar e resolvi semear algumas super-cedo. Estava aqui a Hannah que é uma amiga da Luisa e como sempre achei que seria interessante fazer isso com as crianças que até interromperam um filme que estavam a ver. É um óptimo indicador, mas também é um alerta para os pais que não dispensam tempo de qualidade aos filhos pequenos. Deixem-nos entregues à televisão e depois queixem-se.
Preparei uma pequena parcela (só com ferramentas de cabo comprido porque não me posso aninhar), fiz uns buracos quase rigorosamente alinhados e escolhi uma favas que elas semearam. Não é nenhuma variedade precoce como a ‘Luz-do-Outono’, é apenas a habitual ‘Super aquadulce’. Confesso que não estou em maré de gastar dinheiro no jardim ou quintal — tenho de rentabilizar o que já tenho. Não faz sentido acumular sem dedicação equivalente.
Também semeamos salsa porque na sementeira anterior estava uma cova — sim Mix rafeirote, estamos a olhar para ti.
Arrasto-me para aqui desanimado. A pressão na perna boa é agora demasiada e dói-me mais que a rotura de ligamentos. As escadas partem-me todo e continuo sem guiar. Esta semana vou ao médico outra vez porque isto não pode ser.
Mesmo assim, esforço-me um bocado por andar para trás e para a frente, porque senão daqui a pouco não tenho músculos. E tanto custam a ganhar.
Uma resposta para“Pelo jardim”
Bem! Dizem lá na minha terra que as favas ” Maio as dá Maio as leva semeis quando semeares ”
Vamos ver se resulta, houve um ano que as semeei em Agosto mas realmente não me lembro quando as colhi.
As melhoras dos seus ligamentos, com cuidado isso vai lá, é chato andar assim mas tenha mais um pouco de passiencia.
bj eugenia
Por aqui me morrem, total ou parcialmente, e sem razão aparente, algumas lavandas.
Curiosamente as “Aquadulce” nunca me deram grande produção. O ano passado semeei a variedade “Algarvia” e tive favas até mais não. Vamos ver se as “Luz de Outono” produzem em Novembro como é suposto…
“Por aqui também me morrem…” era o q devia ter escrito ;-)
Obrigado Eugénia.
Gintoino, agora que falamos nisso, tenho aqui Favas ‘do Algarve’, vou experimentar — talvez não estejam viáveis porque têm uns anos. Não deixa de ser interessante que as que se dão no Algarve sejam as ‘do Algarve’.
Caro José Rui Fernandes,
Desejo-lhe as melhoras e recuperação cuidadosa, os ligamentos requerem bastante paciência e algum descanso, mas isso já o medico lhe deve ter dito. Eu também tive um problema desses o ano passado e como também não sou de estar parada, abusei…
As favas do Algarve pela minha experiência e antecessores são de muito boa produção. Escolho sempre as melhores sementes e chego a guardar as mesmas por dois anos seguidos, diga-se até que até mais… (porque às vezes as novas não são de tão boa qualidade…) e o caso das favas foi um deles, que até as cheguei a deitar lá num canto do campo meio abandonado por pensar que não iam dar grande coisa… Pois qual não é o meu espanto quando passado uns tempos, tinha lá um monte de favas, e que boas favas, ainda dei algumas…
A alfazema, lavanda, ainda não entendi muito bem qual o sistema delas, pois também me acontece o mesmo, umas morrem outras vingam.
Alguém me sabe dar umas dicas como se cultiva o pimento sininho de natal ou chapeu de frade? É que após várias tentativas ainda não consegui que nascesse uma planta. Tenho um arbusto já há algum tempo que costumo podar todos os anos mas dizem que dura pouco tempo, cerca de 5 a 6 anos e estou a ver que por este andar o arbusto vai morrer e eu sem conseguir uma planta nova.
Cara Marlene, obrigado. Não sei dizer-lhe nada sobre esse pimento.
Olá José Rui! Também quero cobrir uma parede com ficus repens, mas já li coisas tão terríveis sobre ele que até tenho medo de o plantar. Até lhe chamam de “monster”. Gostaria de saber qual é a sua opinião. Qual é o espaço que devo deixar entre plantas? Parece que passado uns anos a parte da raiz se torna incontrolável e que é muito difícil de a arrancar, irradicar. Não que tencione fazer isso. Gostaria de cobrir uma parede me blocos de cimento, mas parece que depois tenho que a podar de forma a que não cresça demasiado, não é assim?
Gosto de ler as v/ observações e experiências. Eu, comprei mesmo um terreno e estou a fazer um jardim. Tenho também uma pequena horta e estou a arranjar agora os muros que gostava de revertir com ficus repens, phaternocissus e bouganvíleas, etc. Ainda estou a pensar e a escolher.
Tchau e obrigada. Manuela
Se procurar “ficus repens” deve encontrar tudo aquilo que tenho a dizer… mas basicamente, pelo que tenho visto, estende-se a todas as trepadeiras. São plantas que precisam de mão firme. No nosso caso, ocupa agora uma área considerável e dá muito trabalho manter sob controle. Ainda hoje estive 10m a cortar outra que cresce descontroladamente — solanum jasminoides. Que pujança… este ano como me lesionei não cortei o suficiente e um destes dias andava a vizinha a cortar do lado dela, o que não é muito abonatório para mim.
Obrigada!
Parece que todas as trepadeiras têm de ser controladas se não crescem desmesuradamente. Assim farei mas quanto ao espaçamento das plantas pequenas que vou agora enterrar será que devo ter algum cuidado para não serem de mais e depois ficarem muito juntas? Eu deixei um espaço de cerca de 2metros pois até tenho medo. Àquilo que eu li num bolg até me assusto só de pensar. Tenho de me preparar, mas um colega que é agrónomo diz que isso provavelmente não será para os meus dias…
Relativamente ao Nutrimais, também quero informar de que eu utilizo o AGRONAT que é da Estação de Tratamento de Parada (ETAR de Parada) e sei que se comercializa lá e na Câmara da Maia, mas pareceu que estava a falar com pessoal do Sul e assim é mais difícil. Ou talvez não porque já li qualquer coisa sobre o Porto… Segundo dizem e, estou bem impressionada, o AGRONAT é bastante bom.
O preço então é bastante apelativo cada saco de 50 litros custa cerca de 2,10 €.