Dia bonito
Camellia japonica ‘Eugénia de Montijo’ (Theaceae).
Finalmente um dia bonito, finalmente alguma animação no jardim. Será? Nem por isso (nem andei no nosso jardim), mas senti-me pessoalmente animado com a perspectiva de andar lá fora a fazer alguma coisa há muito devida.
O ano passado resolvi que ia levantar os bolbos dos inúmeros vasos com bolbos que tinha. Queria separá-los, dar-lhes melhores condições, numa palavra organizá-los. Na prática, pior a emenda que o soneto. Primeiro, não os etiquetei e acabei por misturar tudo. Agora descubro que os que estavam guardados num tabuleiro, um gato (não vou dizer nomes, mas foi o Pepe), caíram todos dentro de um balde de composto e germinaram em massa, todos a monte e entrelaçados. Que caos bolbico inacreditável… Separei os que pude a atribui-lhes vasos e por fim, os inseparáveis, foram todos juntos para o mesmo sítio. Este ano volto a levantá-los a ver se os organizo minimamente.
Os Sempervivum, continuam a morrer bastante. Transplantei alguns a precisar (muitos mais precisam) e detectei mais três baixas na colecção (exemplares únicos). Acho que já devo ter só metade. Estive a limpar algumas ervas, folhas secas e exemplares que floriram e morreram (porque são plantas monocárpicas, só florescem uma vez) e a verdade é que estão todos melados de tanta chuva. Querem terra bem drenada, mas não há drenagem que aguente este Inverno. Já está a dar chuva para Segunda-feira e praticamente toda a semana.
Depois disso ainda cortei umas pernadas da Camélia que está na casa que era da minha avó e já estavam a atrapalhar. E Deus sabe como as árvores aqui atrapalham. Tenho varrido as flores caídas todos os dias, não vá dar alguma coisa à árvore, que por acaso está muito bonita esta ano, tem centenas de flores.
Arranquei umas ervas, acabei com alguns caracóis (que este ano são aos biliões) e dei um jeito em algumas plantas. Transplantei duas nogueiras que nasceram o ano passado de umas nozes que uma amiga me trouxe da Holanda.
Nos vasos enormes que tenho para horta, não cresce nada. A passarada come tudo e eu deixo. O Inverno também não está a ser fácil para eles.
E para acabar o dia já de noite, ainda cortei a lenha toda que restava.
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