A minhas primeiras armadilhas com cerveja
Jardinar os dez metros quadrados da frente do escritório revelou-se bem mais difícil do que eu estava à espera. As lesmas e os caracóis são às centenas, além disso há umas “roscas” (deve ser de borboletas nocturnas) que comem tudo que lhes aparece pela frente.
Praticamente todas as noites dou lá uma vista de olhos com uma lanterna e acabo com dezenas de lesmas e de caracóis e algumas dessas “roscas”. Ainda agora lá fui depois da chuva e lá se foram 24 lesmas e uns dez caracóis. Portanto, já se está a ver que são mesmo às centenas.
Resolvi então uma noite enterrar dois copos com cerveja, sendo a teoria que a cerveja é irresistível para estas pragas onde acabam por se afogar. No outro dia esperava ver os copos cheios de lesmas! Estavam cheios de uma lesma. Uma desilusão. Concluí que os copos eram difíceis de trepar e na noite seguinte troquei-os por latas de metal, como já vi fazer em programas britânicos de jardinagem. Os ingleses de jardins percebem.
Lá preparei tudo e no dia seguinte esperava as latas pejadas de lesmas e caracóis. Estavam! Pejados de outra lesma solitária.
Não sei que dizer, nem que pensar. Este tipo de armadilhas é praticamente um clássico da horticultura biológica, mas se não continuar a lá ir de lanterna, bem fico sem nada. Fez-me lembrar umas armadilhas para moscas que fiz com urina (minha)… não consigo encontrar o post, mas lembro-me que a garrafa não se encheu propriamente de moscas, aliás pergunto-me se lá terá entrado alguma. Mas se calhar estas coisas resultam para algumas pessoas. Se resultaram com vocês, digam-me.
Uma resposta para“A minhas primeiras armadilhas com cerveja”
Costumo dizer que bebem a cerveja e saem a cantar.
Já não há lesmas como antigamente. Eu já só lá vou com o granulado para caracóis e lesmas…
Ainda agora vim de lá de fora… em poucos minutos, mais 17 lesmas (e uma rosca enorme, que se ficasse comia uma planta inteira). Não percebo.
As lesmas não gostam de metais. É lógico que não entrem numa lata de metal.
Faz sentido isso… mas eu julgava que era o cobre. Se calhar faço outra tentativa, mas cerâmica ou plástica.
[…] Esta semana andaram cá uns serralheiros a colocar a estrutura em cima dos compostores e a fumar alarvemente. Tem sido uma chateação constante convencer esta malta a não deixar pontas de cigarro por todo o lado, principalmente na terra, um hábito que considero verdadeiramente odioso. Enfim, deixei lá um prato de barro para servir de cinzeiro e serviu 70%. Apanhei outras pontas espalhadas e hoje reparei num prato cheio de água com nove caracóis mortos e outras tantas lesmas. Ao investigar o assunto, descobri três pontas de cigarro mergulhadas na água, tirem as vossas conclusões. As minhas são que o tabaco é realmente tóxico e que isto acaba por resultar melhor que as armadilhas de cerveja. […]