Encontrar um futuro
I’ll have to leave again. It’s obvious. Find a future. A simple life.
No fim-de-semana passado li dois livros de banda desenhada (não só dois por acaso, mas dois relevantes para o que quero escrever), que apesar de muito diferentes, acabam por abordar esta espécie de constante insatisfação com a vida, quando tudo parece indicar que nunca a vida esteve tão facilitada. No “Everywhere Antennas”, Julie Delporte tenta equilibrar as exigências da tecnologia e das relações, enquanto sofre de uma pouco (ou mal) entendida hipersensibilidade às ondas electromagnéticas, acabando por se isolar numa cabana no meio da floresta, o que é ironicamente uma metáfora para a solidão do Mundo moderno.
God, I’ve fallen into the classic trap. It’s been five years and I haven’t written anything but copy. Maybe I’m just afraid of finding out I’m no good.
Em “Shoplifter” de Michael Cho a protagonista, cuja única companhia é um gato, tirou um curso de inglês com o objectivo de um dia se tornar escritora, mas vê-se numa agência publicitária a escrever copy e uma situação que era para ser temporária ameaça tornar-se definitiva. Infelizmente, a maior parte das pessoas só muda ou reage perante acontecimentos muito graves ou significativos e mesmo assim, nem sempre. Corinna Park desde que ingressou na agência não conheceu ninguém de fora do trabalho e dos seus antigos amigos apenas vai sabendo alguma coisa através de updates online, entre visitas a sites de encontros.
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