Não haver pressa

Sardinheira, Pelargonium

Sardinheira cor-de-rosa, não sei a variedade. Já cá andava quando eu cheguei.

Sardinheira, Pelargonium

Depois dos livros de jardinagem e de ver todo aquele conhecimento ali acumulado, seria péssimo não o utilizar, nem que seja só como incentivo. Tenho duas grandes fontes de inspiração: Os antigos, que com meios muito mais modestos e com um átomo da informação, conseguiram tanto; e alguns jardineiros e horticultores do nosso tempo, como Monty Don, Beth Chatto, Gayla Trail…, que com o seu entusiasmo contagiante acabam por ter projectos diferentes mas interessantes. Pelo menos comecei o ano a jardinar…
Nada de muito espectacular, podei o Acer palmatum Var. dissectum ‘Dissectum atropurpureum’ que é uma das poucas plantas que resistiram incólumes aos cães. Quando o comprei já era bastante grande (custou 150,00€), entretanto passaram 14 anos e está bastante bonito. Limitei-me a retirar uns ramos que atrapalhavam a passagem e ramos secos. Este Ácer tem tendência a secar ramos que já não são necessários por ficarem na parte inferior sem ponta de Sol.
Recuperei três vasos de barro de um outro local (nem sei como ainda arranjo espaço para vasos) e plantei-os com bolbos que acho que são Gladíolos e… outros. Ainda sobraram 17 bolbos de Gladíolos para os quais vou ter de arranjar um local. Retirei (reutilizei) terra de um vaso enorme porque para as culturas hortícolas está na hora de o refrescar. Ao cavar e já bastante fundo sai de lá um bolbo enorme daquilo que me pareceu também um gladíolo. Pouco depois ainda mais fundo, outro. Sei com certeza absoluta que não fui eu que lá os meti… e talvez me lembre de umas folhas de Gladíolo indesejadas que nunca floriram. Os bolbos que levantei nem se comparam a estes em tamanho… Coloquei-os exactamente no centro de dois dos vasos, para depois ver o que de lá sai. Mas achei estes dois bolbos deveras misteriosos.
Depois andei a recolher folhas e a varrer. Acho incrível a satisfação que retiro de estar sozinho a varrer… é uma coisa que me agrada (como arrancar daninhas). O essencial acaba por ser não haver pressa… nem obrigação. Nesse cenário, consigo esquecer-me do espaço e do tempo, e consigo pensar em muitas coisas ao mesmo tempo. E no fim, há qualquer coisa visível feita por mim.

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