Quando cheguei

Caracóis nos compostores

Fui à noite até ao novo jardim para ver o que se passa com os caracóis e lesmas, porque está tudo a ficar bem arruinado. Montes e montes de caracóis, muito poucas lesmas. O que achei péssimo foi ver os compostores pejados de caracóis, aquilo parece o composto from hell. Nunca tive o composto assim a céu aberto, foi sempre em compostores plásticos fechados, onde aparecia um ou outro caracol. Aqui, tenho de entender se o composto os atrai de outros pontos, ou se é a base. Se for a base, tenho de arranjar uma solução, porque assim não posso ter nada. Parei de os esmagar quando cheguei a 186.

Uma resposta para“Quando cheguei”

  1. José Rui

    (Por lapso tinha colocado este comentário no post seguinte.)
    Manuela, o que diz não faz qualquer sentido. Qualquer pessoa que goste da natureza sabe que para algo viver, algo tem de morrer. Se eu tivesse escrito que espalho veneno por todo o terreno, teria razão, mas não. Tenho de ir à noite com esta chuva, tentar controlar o número de caracóis a ver se consigo que algumas plantas sobrevivam. A alternativa a ter umas couves, é ir ao Continente comprá-las — mas pode ter a certeza que a Sonae já matou muito mais caracóis que eu e não é sem consequências para o meio ambiente.

    A Manuela se comer uma alface que seja, das duas uma, ou tem que matar caracóis, ou tem que esperar que alguém o faça. O facto de a Manuela existir tem consequências para outras criaturas. Mas a Manuela traça a linha onde? Posso utilizar calda bordalesa para travar um pouco cochonilhas e afídios (não os mata) e matar fungos?

    Há poucas pragas no jardim que eu mate, caracóis, lesmas, afídios, cochonilhas é tudo… de resto não atrapalho a vida dos insectos, na dúvida deixo-os sempre andar e até lhes crio condições. Mas, vespas asiáticas também vou deixá-las andar a exterminar as nossas abelhas? Não faz sentido, cada uma que vejo só não a mato se não puder. De qualquer modo, o “horticultor biológico” nunca tem como objectivo exterminar nada.

    As soluções que apresenta não são soluções, só me iriam criar mais problemas. Eu estou no meio da cidade, não no meio do campo. Tenho cães e gatos, não há condições possíveis ou imaginárias para criar para sapos e ouriços. Mas se eu colocasse no terreno duas dúzias de ouriços cacheiros a matar caracóis, isso seria uma diferença assim tão grande para o que eu faço — transferia a responsabilidade para os ouriços? Sou sempre eu o responsável, eles naturalmente não iriam lá parar.

    Só me queixo da falta de pássaros, espero quando tiver árvores ter mais, mas como sabe, no meio da cidade há vizinhos e a maior parte não é tão benévola como eu (aliás, nem no campo).

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