Nunca pensei
Um dia qualquer fomos ao Corte Inglés e jantamos num daqueles restaurantes que por lá existe, que já nem me lembro o nome — era Talho (muito lindo) qualquer coisa e nem foi nada mau. Na salada da mãe vinha uma pequena lagarta verde e o Pedro perguntou o que lhe ia acontecer, se ia para o lixo, se morria e não sei que mais. Acabamos por adoptar a lagarta.
Agora está em casa, come mais alface que eu e além de devorar só lasca e cresce. Mais dia menos dia deve pupar1 e transformar-se em borboleta, acabou por ser um projecto educativo para as crianças, mas eu também espreito a lagarta constantemente (está invariavelmente a comer). Nunca pensei que uma lagarta tão pequena produzisse ralhotos tão grandes.
Uma resposta para“Nunca pensei”
Maria José Valinhas liked this on Facebook.
Rui Marques liked this on Facebook.
Maria Manuel Lopes Marinho liked this on Facebook.
[…] A lagarta adoptada transformou-se numa borboleta nocturna. Saiu de dentro do copo de plástico, pronta para o Mundo e foi à vida dela. Há uma certa vantagem em nascer e saber imediatamente o que se deve fazer. Esta lagarta soube imediatamente que deveria devorar a maior quantidade de alface possível, sabia como dobrar as folhas sobre si e como as colar para proteger o casulo. Pode parecer fácil ou uma vida simples, mas não é. […]