Algo monstruoso
Da Wikipedia: “Devoluto desde a saída do Conservatório de Música do Porto em 2008, o palacete foi vendido em 2016 por por 1,643 milhões de euros a uma empresa de António Oliveira e António Moutinho Cardoso, coleccionador de arte que promete ali criar um “ex-libris” cultural “aberto à cidade”.
A Câmara Municipal do Porto e os novos proprietários podem limpar as mãos à parede do “ex-libris” cultural. Árvores com mais de 100 anos (a que resta terá 150 no mínimo), são da cidade e do país, não são lenha que se deite abaixo pelas razões mais fúteis — este serviço deve ser para montar estaleiro. Isto é um crime contra a cidade e contra a natureza. Meu Deus, que broncos, nada está a salvo nesta triste terrinha.
Actualização: Na sequência dos comentários, actualizei este assunto com o devido pedido de desculpas pelos termos aqui utilizados.
Uma resposta para“Algo monstruoso”
Exmo. Sr. José Rui, uma das árvores que se refere caiu no dia 21 de Abril , devido a fortes ventos . A Árvore em causa estava totalmente podre por dentro. A segunda Árvore em causa foi abatida pelos serviços da CMP por estar também com perigo de queda e nas mesmas condições fito sanitárias. Não parecem adequados os termos usados por V. Exa.
Talvez. Em Portugal não existe uma única árvore que não esteja em perigo de queda . Em Inglaterra (por exemplo) árvores monumentais são amparadas, essa que caiu era uma árvore bem comportada, porque não deixou marcas visíveis em lado nenhum. O estar oco pode não querer dizer nada, há árvores que é assim que envelhecem. Pela fotografia do Google faltam três árvores, o que acontece muito nesta cidade sempre que há vento — na Rotunda da Boavista por exemplo.
Lamento os termos utilizados no “calor da revolta” e obrigado por ter comentado.
Gostava que desse o seu contacto para não se esconder atrás do anonimato. É insultuoso os termos utilizados por V..Exa., gostaria de lhe enviar fotografias do sinistro. Além disso nessa altura ainda não tínhamos feito a escritura da propriedade.
Não exagere o senhor no “calor da sua revolta”. Já está a partir do princípio que ando escondido de alguma coisa, atrás não sei de quê. Mas quem não é figura pública é anónimo e está bem assim. Gosto de árvores, achava as do palacete inestimáveis — em minha defesa perguntei a várias pessoas da zona o que teria acontecido e nenhuma me informou da queda, o mais próximo de explicação (que dispensei) foi “deitaram-nas abaixo porque têm uma doença que estavam a ‘pegar’ às outras”. Já lamentei os termos utilizados. Envie-me as fotografias (e o nome do autor), eu publico e coloco as coisas como elas são. O meu e-mail: sargacal [arroba] gmail [ponto] com.
[…] meu texto Algo Monstruoso, escrevi mal informado e utilizei termos inadequados pelo que peço imensa desculpa a António […]