Excalibur
Isto é terrível, Excalibur o cão de Teresa Ramos, a enfermeira espanhola que contraiu ébola, foi morto. Teresa Ramos foi infectada enquanto ajudava no tratamento de dois padres que contraíram a doença na África Ocidental. As autoridades espanholas acharam bem, sem qualquer teste, quarentena ou procedimento que de alguma forma justificasse o abate, acrescentar mais este factor de sofrimento ao casal, que obviamente gostava muito de Excalibur.
Diz um político do País Basco que “um cão em Madrid gerou mais mobilização que milhares de mortes em África, algo para reflectir”. É a falsa dicotomia habitual inventada por esta gente para justificar a sua própria inércia. Uma enfermeira (não um político) é infectada ao ajudar dois padres (não dois políticos) e o senhor do País Basco julga que é um caso de cão contra pessoas em África. Naquilo que a Europa devia reflectir de uma vez por todas é como se deixa liderar por pessoas de tão pouca classe, que entre outras coisas, parecem absolutamente impotentes para lidar com este vírus e cuja grande medida de contenção até agora, foi o abate de um cão pela simples razão que a sua dona foi infectada enquanto ajudava o próximo.
Uma resposta para“Excalibur”
É imensamente triste. A vida não tem qualquer valor, e não só de todos os seres não humanos; quantas vidas em África já se perderam, agora, neste preciso momento em que escrevo alguém parte, por não interessar às farmacêuticas investir em paíes que não lhes trazem lucro.
Lucro é a palavra de ordem, e devia ser vida.
É imensamente triste, por todos os Excaliburs deste mundo.
Paula