Araucaria imbricata araucana no Pinhal de Leiria
Diz o senhor C. A. de Souza Pimentel no “Jornal de Agricultura e Horticultura Prática” de Janeiro de 1894, que o melhor exemplar de Araucaria imbricata que existe em Portugal, encontra-se no sítio de Tromelgo, que faz parte do Pinhal Nacional de Leiria.
Terá sido plantada pelo distinto naturalista Adolpho Frederico Moller, que em carta datada de 3 de Janeiro de 1894, publicada no número seguinte, esclarece que a transplantou para lá em 1862, de um caixote onde se encontrava e teria nesse ano 0,7m a 1m de altura.
Alguém sabe se esta notável araucária ainda existe?
Uma resposta para“Araucaria imbricata araucana no Pinhal de Leiria”
A Araucaria imbricata é a designaçao que antes se dava À espécie A. araucana.
Seria um verdadeiro achado se esse exemplar ainda existisse. Trata-se de uma espécie muito rara no nosso pais (ao contrario da A. heterophylla , antigamente designada por A. excelsa) pois dá-se bem em climas frios.
No Porto o maior exemplar que conheco esta no jardim de um posto da Guarda ao lado do Jardim de S. Roque (entrada pelo lado nascente). Em Serralves havia um exemplar raquitico que foi abatido.
Em Gaia tambem ha um belo exemplar.
Em Vila Real fui la uma vez de proposito para conhecer a araucana do Jardim da Carreira (mais imagens).
O ultimo que encontrei foi em Santar (Nelas, Viseu).
Peço desculpa por este comentario tripartido mas o link para o Jardim da Carreira não fica. Vale a pena ir ver (procurar no Google) : na galeria de imagens a araucana aparece na terceira foto.
Bem me parecia que imbricata não me era nada familiar :) .
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Entretanto descobri mais umas informações sobre outras árvores que seria interessante saber se existem. Brevemente faço o texto.
Não sei muito bem identificar as espécies de araucárias mas tenho uma no meu jardim, ainda é jovem terá uns 7 ou 8 anos tem de altura uns 3m foi semeada por mim a semente era uma espécie de pinhão com cerca de 5cm de comprimento e aí /- 1cm de diametro.
Trouxe-o de Cavez, Cabeceiras de Basto onde havia 2 árvores enormes que infelizmente foram cortadas há cerca de 2 anos pelos herdeiros do dono do solar. Daquelas há por lá mais umas 2 ou 3 mas menores e penso nenhuma deu ou dá fruto. Aquelas estavam na entrada do jardim uma de cada lado do portão, eram imponetes pareciam os guardiões do jardim, as pinhas eram muito grandes e bonitas. As pessoas costumavam apanhar os pinhões e contam que os comiam torrados.
Tenho essa mas plantei-a num mau local, um familiar tem mais umas duas ou três, mais velhas, mas não estão maiores, passam mais sede. As suas folhas são ovais curtas e picam.
Vou procurar descobrir o nome nalgum horto da região da Batalha ou Leiria.
Afinal tenho fotografias no blogue das araucanas de S. Roque e do Jardim da Carreira!
http://dias-com-arvores.blogspot.com/2005/09/araucanas.html
Só um comentário sobre as árvores do solar…
Se fosse noutro país da Europa, essas árvores valorizariam a propriedade 200%, ou mais — dependendo do porte, idade localização… Só cá é que os herdeiros mal metem as mãos nas coisas, tratam logo de as desvalorizar, destruindo.
Uma vez num dos jantares da associação no Bestança, um senhor também me disse que não sei quem fez um negócio bestial — comprou uma propriedade e só nas tílias centenárias que formavam uma alameda, recuperou o dinheiro. Ora se as tílias só em madeira valiam isso, junto com a propriedade valeriam muito mais. Mas cá, é a curteza de vistas e a mais profunda indiferença relativamente à árvores.
Se o local da araucária é mau e se ainda só tem 3m, devia pedir ajuda e no Inverno transplantá-la para um local melhor. As árvores que plantei e nasceram de sementes, inspiram-me particulares cuidados — gosto muito delas, embora também goste das outras.
Estou mesmo a pensar transplantá-la, não sei é se vou conseguir que sobreviva.
Dedico-me à história da Marinha Grande e chamou-me a atenção o facto da citação ao Parque do Tromelgo, ou Tremelgo, na orla do pinhal de Leiria, junto à Marinha Grande, a propósito de uma ” araucaria imbricata”.
O citado parque, foi criado por finais pelo terceiro quartel do século XIX, por iniciativa do Conselheiro Elvino de Brito, que foi Ministro da Agricultura. A sua criação deveu-se à instalação de um posto ampelográfico para cultivo de bacelo americano, quando da praga de filoxera que destruiu a vinha portuguesa.
O Parque foi sempre muito acarinhado pelos sucessivos silvicultores que chefiaram a Administração Florestal da Marinha Grande, que ali fizeram plantar muitas espécies exóticas.
Com a extinção dos guardas florestais o parque foi sendo vandalizado, encontrando-se hoje em pésssimas condições, apesar de nele se incluir um imponente eucalipto, uma das árvores notáveis do Pinhal de Leiria.
Muito interessante. No entanto tudo indica que a araucária já não exista… Quando comecei a ler o seu comentário, os meus olhos brilharam de esperança.
O pinhal de leiria e o MAIOR!!!!
beijos mt fofos
Alguem saberia como eu posso conseguir uma muda ou semente de araucária araucana?
olá! Aqui onde moro há 2 ainda recentes… uma delas está a secar. eu tb gostava de ter uma, mas, bem parece que é algo “caro”.
Boa tarde! Ressuscito este post com 10 anos só para adiantar que efetivamente ainda existia um exemplar de araucária, no parque do Tremelgo, até ao passado dia 15 de outubro. Infelizmente foi fortemente atingido pelo incêndio que dizimou 86% da mata nacional. O fogo acabou por parar a poucos metros, mas esse curto espaço fez toda a diferença para esta árvore…
Obrigado pelo comentário. E seria a mesma? De uma forma ou de outra, o que aconteceu este ano é uma pena e uma vergonha.