A ansiedade do jardineiro

Este ano, uma vez mais não cultivo nada no Sargaçal por questões práticas e económicas, mas no quintal, ocupei o meu espaço e ainda mais algum. Obviamente não sou um “natural” da jardinagem. Tudo me sai com esforço, mais do que trabalho.
Agora que estamos em tempo de colheita praticamente diária, o que noto é que mesmo nos casos em que a quantidade é irrisória (por exemplo rúcula e mizuna), não conseguimos consumir tudo. A sementeira devia ter sido em semanas consecutivas de modo a prolongar a colheita, mas é impossível conseguir organizar o tempo desse modo. As nabiças, que são bastantes, dão para fazer muita sopa de dois em dois dias e os meus pais consomem mesmo muitas. No final, talvez nem metade se gaste. E este tipo de legumes, não se conservam nem em casa, nem na terra. Dar, resolve a situação em parte. Algumas coisas também vendemos (na verdade trocamos) na mercearia das traseiras.
É um pormenor que vou ter que melhorar muito e chamo a atenção para ele. Não há nada mais desanimador que compostar alimentos cultivados por nós.

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