Plantação de árvores (17)
1 x Sequóia-gigante, Sequoiadendron giganteum (Taxodiaceae)
Tenho o máximo gosto nesta Sequóia. Nasceu de uma semente e cresceu num vaso. Libertei-a agora, espero que não lhe aconteça nada!
3 x Ciprestes-da-califórnia, Cupressus macrocarpa (Cupressaceae)
2 x Cipreste-de-monterey, Cupressus macrocarpa ‘Goldcrest’ (Cupressaceae)
Estes dois ficam muito diminuídos este Inverno, desconheço a razão. Não devem ter futuro.
2 x Fiteira, Cordyline australis (Laxmanniaceae)
1 x Fiteira, Cordyline australis ‘Red Sensation’ (Laxmanniaceae)
4 x Liquidambar, Liquidambar styraciflua (Altingiaceae)
No estradão, em frente à nascente. Dos que foram estragados pelas vacas, substituiu-se apenas um. O senhor Henrique diz que os outros recuperam e sugeriu preencher o espaço entre os cinco, com mais quatro.
Sendo o liquidambar uma espécie de crescimento rápido, a ideia é daqui a uns anos transplantar estes quatro (ficando entretanto o espaço mais composto).
Na primeira versão da plantação, considerei isso, mas depois ao pensar no trabalhão que dará transplantar liquidambares de vários metros, desisti. Mas daqui a uns anos, pode ser que as nossas condições por lá estejam melhoradas.
Esta técnica era utilizada na Europa (e em Portugal com os ensinamentos de José Marques Loureiro e outros horticultores de grande categoria), inclusivamente na plantação de ruas e avenidas. Plantavam-se as árvores com um compasso de quatro metros e metade seriam posteriormente transplantadas para outro local, com a enorme vantagem de serem exemplares já ambientados às condições urbanas. Não é o que se tem visto hoje em dia, pelo menos no nosso país.
Uma resposta para“Plantação de árvores (17)”
Caro José Rui, gosto muito do seu blog (descobri-o há cerca de um mês), e tenho passado aqui quase todos os dias… em relação a este post, queria deixar apenas uma pergunta. se neste momento tanto se fala de espécies invasoras como uma ameaça para o eco-sistema e biodiversidade de Portugal, não acha que deveria apenas plantar árvores autóctones??? obrigado…
Caro Francisco, obrigado pelas suas palavras. Respondendo à sua pergunta, não. Teoricamente, talvez, se estivessemos em 1500 — e mesmo aí, com os devidos cuidados, a introdução de muitas plantas seria perfeitamente inofensiva.
No caso presente, nenhuma destas espécies demonstrou comportamentos invasores. Por outro lado, muitas espécies que talvez julguem que são autóctones, são na verdade introduzidas, como por exemplo o castanheiro.
No Reino Unido existem mais de 70.000 espécies vegetais, das quais se me lembro, apenas 1.500 são autóctones. Dessas introduzidas, várias estão hoje a dar problemas e outras darão no futuro (como as Acácias, se as previsões relaccionadas com o aquecimento global se mantiverem). Uma das espécies que está a dar grandes problemas, é autóctone cá — vou ver isso e já coloco aqui o nome.
Resumindo, máximo cuidado sim. Evitar espécies proibidas ou que já demonstraram comportamentos invasores noutros lados designadamente com clima similar, sim. Evitar totalmente não autóctones, acho que não.
PS: Plantei várias autóctones, mas lá está, não necessariamente do Vale do Bestança.