Na Grã-Bretanha, plantam-se menos árvores em zonas urbanas
Durante o período compreendido entre 1995 e 2004, foram plantadas menos árvores em zonas urbanas do que entre 1983 a 1992. Destas, uma em cada quatro (ou seja 25%) perdeu-se devido a uma manutenção deficiente. Estes números estão no relatório “Trees in Towns II”, que também conclui que um terço das autoridades locais não possuem nenhum tipo de estratégia para as árvores.
O estudo ainda mostra que dois terços de todas as árvores das cidades crescem em propriedade privada (jardins na sua maioria); 20% em parques públicos; 12% em ruas.
Um resumo do relatório.
Uma resposta para“Na Grã-Bretanha, plantam-se menos árvores em zonas urbanas”
Num país onde tantos “estudos” se encomendam, este é um daqueles que tanta falta fazem.
Lamento que ninguém (?) tenha a “capacidade” ou o “interesse” para fazer esse tipo de estudos em Portugal.
Eu até acredito que o número de árvores plantadas nas cidades portuguesas tenha aumentado; o que convinha aferir era do número de árvores mortas (ou em processo de “morte lenta”) devido à “poda à portuguesa”!
Achei muito interessante que o relatório tenha focado especificamente o número de árvores que não vingaram por falta de cuidados.
Cá, até considero suspeito o número de árvores que se plantam. Que é feito delas? Basta dizer que a média de idade das árvores do Porto é de 20 anos. Não só a cidade tem centenas de anos, como nas décadas do fim do século XIX e início do XX, teve horticultores de grande categoria aos quais devemos os poucos jardins maduros que ainda temos.
Andar a plantar árvores em ruas de três metros de largura e passeios de um metro, é deitar dinheiro ao lixo. É apresentar trabalho que não é trabalho nenhum. Mais valia gastar esse dinheiro a manter convenientemente as árvores onde elas podem viver.