Outra vez na Fonte do Cavalo
Fiquei mesmo cansado. Cheguei pouco depois das onze da manhã, do meu ajudante, nem sinal. Saí às 22h30, feito num oito.
Comecei por plantar as duas Sequóias-gigantes que deixei na última vez. Foi na Quelha das Nogueiras (de onde removi as esquálidas Nogueiras). Tive de fazer buracos enormes, mas a terra contra o costume era preta e bastante solta, mais uma perplexidade relativamente ao completo insucesso das nogueiras. O mais difícil foi ir buscar água ao barroco, aqui tudo dá um trabalhão.
A Fonte do Cavalo estava com árvores e silvas espalhadas por todo o lado — o meu ajudante deixa tudo a meio, é um sistema que não suporto. Desde que me convenceu a limpar aquilo tudo, terão passado dois meses, acho que lá foi um dia e meio.
Acendi uma fogueira e tratei de começar a recolher tudo que é ramos. Fiquei com lenha para dois ou três anos… Só falta trazê-la e cortá-la. Lá para as duas e meia apareceu o Cláudio, nas calmas obviamente. O que vale é que se acaba por trabalhar muito e melhor ou pior, lá se fazem as coisas. Mas a conclusão é que comecei nisto em Fevereiro e ainda aqui andamos… Quer dizer, nos poucos dias que aqui se anda.
Plantei algumas dezenas de plantas (Camomila e outras) a ver se dão por ali. Entretanto, a fogueira queimava toneladas. Voltei a fazer o rego da água que já estava todo atulhado — a Fonte do Cavalo é uma nascente. E entretanto, lembrei-me que a nascente é por baixo de um pedregulho gigante, que estava já tão corrido a silvas que nem se via. Este ano há imensa água. Por falar nisso, continuo com um tubo rebentado a inundar-me o estradão, o Cláudio diz que não é dele e não sabe de quem é. Que sistema espectacular isto dos tubos atravessarem os terrenos dos outros.
Enfim, como não gosto de deixar as coisas a meio, ao contrário de outras pessoas — e não vou andar aqui a dizer nomes, mas é o Cláudio — levamos para a fogueira tudo que foi possível (e não foi tudo, porque entretanto ficou completamente escuro) e depois ainda ali ficamos uma hora ou mais a garantir que ardia, a falar e a comer pringles que foi o que restou. Voltei a andar 14 quilómetros.
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