Casa D
Ao contrário do que tinha dito e me lembrava, a Casa D não faz um “u” noutra versão. Os dois volumes superiores saem de socalco e que é uma característica que nos agrada bastante, mas não é um “u”. E ainda agradará mais se não necessitar de colunas (possível é, mas com custos acrescidos, suponho eu).
Tratam-se de estudos, esquiços preliminares, que acabam por representar o ínicio de um longo caminho. A esse respeito, um parecer que solicitamos à Câmara Municipal de Cinfães, mereceu resposta depois de um ano. O processo foi aberto no dia 13 de Julho de 2007, a resposta chegou num ofício datado de 3 de Outubro de 2008. E como “vários diplomas legais” sofreram alterações durante estes 14(!) meses, somos convidados a reformular a pretensão com base na nova legislação em vigor, no prazo de 60 dias, findo o qual o processo será arquivado oficiosamente.
Por outras palavras: Já começou o filme.
Os desenhos são do arquitecto Cerveira Pinto.
Uma resposta para“Casa D”
Para não variar em Portugal a burocracia abunda em todas as zonas do país ,mas em Cinfães conseguem entrar no guinasses.
Infelizmente é assim. Não deveria ser mas é. Tenho aqui uma cliente a quem financiamos a aquisição de um terreno com um projecto de viabilidade de construção aprovado pela respectiva câmara municipal, quando entregou o projecto de construção foi informada que não podia construir porque ‘talvez’ o TGV passasse naquela área…tem que aguardar – o que está a fazer – até os estudos de construção da linha de alta velocidade estejam concluídos, o que se prevê que venham a demorar cerca de dois anos (!!). Só neste país, à beira-mar plantado.
Desejo-te a melhor das sortes, a sério.
Em termos de modesta opinião, parece-me boa arquitectura sim. Se assim não fosse não tinha contratado. Mas também contou muito o facto de o Manuel (Cerveira Pinto) conhecer bem a região, ter um traço muito respeitador do contexto e também uma série de opiniões comuns em termos ambientais.