Está tudo a mato, mas não foi nada mau
Com o Cláudio para França, de uma forma que me parece cada vez mais definitiva e em resultado das “novas oportunidades” (de emigração) que o país proporciona aos seus cidadãos, contratei o Daniel. O irmão do Cláudio.
E hoje, voltei lá com a Susana. Objectivo: Trazer lenha para o Inverno. E água, pelo menos. Ainda deu para umas pêras e amoras. Para a semana dará para mais. Porque não ia há tanto tempo, que estava sem qualquer ideia sobre o que iria encontrar.
Está tudo a mato. Mas mato baixo e macio (sargaçal), não silvas, giestas e coisas assim, que também há mas pouco. No essencial são ervas altas. O Daniel já tinha ido trabalhar ontem e limpou o estradão, porque se há coisa desanimante, é ter o estradão impraticável. Para isso, basta a parte comum com o meu digníssimo vizinho. Aí, arrisca-se a ficar uma selva a sério, aliás, já está. Galguei aquilo tudo com o jipe e está a andar.
Um calor desgraçado. Devemos ter escolhido um dos dias mais quentes do Verão. Pior que isto só se estivesse a chover. Mas também reparei que agora as sombras são muito mais que nos primeiros tempos. Até nem se andou mal.
Não acompanhei o Daniel. Estive mais a carregar lenha, a regar e a ver como andavam as coisas. Fiquei agradavelmente surpreendido com muitas árvores que finalmente dão um arzinho da sua graça. Parece que finalmente “agarraram”.
Fui ter com ele a meio da tarde e vinha a gesticular e a dizer impropérios… Tinha acertado com a roçadeira no cão que o acompanhava. Pronto, lá se foi o meu sossego! Será possível isto? Menos mal. Foi um corte relativamente pequeno (para o potencial da máquina) numa pata… Não era bom, mas não era a escabrosidade que até me arrepio só de imaginar. Disse-lhe para levar o cão lá abaixo a casa, desinfectar bem aquilo e meter-lhe uma ligadura ou equivalente. Foi com o pobre animal ao colo o caminho todo. Já não bastavam os incêndios para me dar cabo da tarde. Acabaram-se os cães no terreno, efectivo a partir de hoje mesmo.
O jipe já estava completamente cheio de lenha. Encheram-se 12 garrafões de água e tratamos de regressar. Chegamos a casa quase às nove da noite. E não foi nada mau. Gostei bastante mais do que me pareceu que iria gostar ao regressar ao terreno, meio ao abandono.
Uma resposta para“Está tudo a mato, mas não foi nada mau”
Tava tudo a correr bem.
Mas porem ocorre alguns acidêntes, como ferir o meu pobre cão “Jonas”.Mas ta a reagir bem, não cortei o osso,nem o tendão.Chamei o veternario no dia seguinte.
Bom acima de tudo foi boa a tarde fora.
Ta boa a foto.
nao me estranha ferir o cao devia era dar-se chapadas a ele proprio,trabalhar com essa maquina com essa camisola sem mascara sem protectores auriculares enfim …para a proxima aconselho-o a fazer o tabalho so em calÇoes… se nessecitarem um profissional avisem
Decerto que o Daniel irá tomar nota da sua simpática sugestão. No fim, estando em calções, é só mergulhar no Bestança. E das chapadas também vai tomar nota.
Se bem que não se entende como é que as protecções nele (fotografia do Cláudio em 2003) protegem o cão.
Foi um acidente infeliz que além do cão, penalizou o Daniel. Que é que quer mais?
Vou fazer isso. Eu aviso. Porque mais que um profissional, gosto de pessoas simpáticas para passar bem o dia. Obviamente, o senhor reúne ambas as qualidades.
Eh! Eh!
Gostei dessa resposta caro José Rui,
Realmente, às vezes aparece-nos cada alminha penada que até mete dó.
Só faltou o tipo dizer que o cão também deveria andar de máscara e botas de biqueira de aço.
Um Abraço e continue a trazer notícias do seu Sargaçal, que a gente gosta.