Do Campo Alegre a Serralves

Tulipeiro na Casa das Artes (no lado esquerdo, Faia e outro Tulipeiro, ambos também notáveis)
O Nuno e o Miguel dos blogues A Sombra Verde e Árvores Monumentais do Algarve e Baixo Alentejo vieram até ao Porto para conversarmos sobre projectos comuns. Fomos a pé do Campo Alegre até Serralves, onde ficamos praticamente toda a tarde na Casa de Chá do jardim. Pelo caminho visitamos o jardim da devoluta Casa das Artes. A pátria é rica e obviamente pode dar-se ao luxo de manter um equipamento destes, com projecto de Souto de Moura, em estado de semi-abandono (havia um funcionário a recolher folhas no jardim).
O essencial foi a oportunidade de ver de perto o colossal Tulipeiro, Liriodendron tulipifera (Magnoliaceae) da fotografia, entre outras árvores verdadeiramente notáveis, mas quase pequenas perante semelhante colosso. O jardim é excelente e está bem conservado. Por causa de árvores como estas, os ingleses consideram um jardim apto a ser visitado ao fim de 100 anos. O Porto devia estar coberto de árvores assim, de lés a lés. Em vez disso, temos árvores com 20 anos de idade média (Dias Com Árvores).

Uma resposta para“Do Campo Alegre a Serralves”

  1. Raquel

    Olá
    Sou estudante de genética e biotecnologia na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e o tema do meu estágio profissional foi a micropropagação de um exemplar de Liriodendron tulipifera. Sempre nutri grande carinho por esta espécie uma vez que sempre a achei magnífica e exuberante. Decidi trabalhar com esta espécie uma vez que o ambiente preferencial para o seu desenvolvimento é húmido e exótico (mais semelhante com o clima do Porto do que com o da cidade transmontana de Vila Real). O curioso, é que há um exemplar simplesmente único com mais de 30 metros e uma estrutura perfeita na Universidade e ao tentar obter mais exemplares destes será possível tornar mais bela a paisagem desta cidade.
    Mas decidi escrever pois preciso de ajuda. gostaria de saber qual a localização preferencial desta espécie pelo pais para falar sobre isso no meu relatório. Desculpe o incómodo e aguardo uma resposta. Parabéns pelo blog, está muito bem conseguido!

  2. José Rui Fernandes

    Cara Raquel, agradeço o comentário e desejo-lhe felicidades nessa propagação.
    Não sei a resposta à sua pergunta. Pelo que li, diria que acima do Mondego seria bom. Resiste bem a geada, tolera Sol total ou parcial, solo húmido mas bem drenado e ligeiramente ácido.

  3. Raquel

    agradeço-lhe imenso pela sua resposta, pelo menos tenho mais ou menos uma ideia da localização.Se obtiver resultados neste meu trabalho, já que vou dar continuação, mandar-lhe-ei fotos do que obtive e do exemplar esbelto que existe na minha universidade. continuarei a ler o seu blog já que também aprecio muito o que de belo a natureza nos dá.

  4. Fátima Isabel

    Existem 2 exemplares enormes desta espécie na Madeira, talvez a 250 ou 300m de altitude.
    Se ajudar temos fotografias: também é monumental.

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