Cristóvão


A água da nascente da Fonte de Carro está seguramente a mais de 1km do Sargaçal (mais de 6 ou 7km por estrada) e vai serra abaixo até cair nos nossos tanques. Como já mencionei, temos direito a metade por contrato. Metade, porque, é um hábito do Sr. Cristóvão deixar pontas nas propriedades que vai vendendo.

E já aqui um aparte, para eventuais entusiastas do campo: Nunca aceitem este tipo de condições. Se há duas metades, preferir uma inteira, mesmo que seja menos água. Se há uma metade, negociar a outra metade antes da compra — se tal não for possível, dispensá-la (negociando também) e preferivelmente fazer um furo, se não existir outra hipótese. A água bem gerida, dá para muito e chega para todos, não é preciso ter um rio por nossa conta.
Entretanto, depois dos tubos e da muito simpática conversa, já passavam das 17h quando descemos para o Sargaçal e confesso que estava um bocado impaciente para ir abrir a água dos tanques (que entretanto já deviam ter algum volume) e regar as árvores sequiosas. Como temos uns 1200m de tubo (com as derivações para as caixas), demora um tempo considerável a encher o sistema e começar a ter pressão nas torneiras.
Quando chegamos ao Sargaçal, já a água não corria. Porquê? Porque o Sr. Cristóvão voltou a fechar o passador. Porquê? Só ele saberá responder, mas também não irei perguntar. A nossa opinião é que o estado natural deste senhor é em conflito, com toda a gente. E o melhor, é ignorar, até onde for possível. Ele fecha, nós abrimos. Volta a fechar, voltamos a abrir.
Isto vem na sequência, de um regularizar das relações (após uma importante questão por eu ter estacionado o carro num local pouco conveniente para ele), muita paciência e muita compreensão. Portanto, não vale a pena. Se é a idade, isto ou aquilo, não interessa. Houve consideração até o dinheiro da compra mudar de mão, a partir daí tem sido um implicar constante. Agora, como quer vender mais, a simpatia é extrema, mas ando a desconfiar que vai ter azar.

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