Primeiro dia (após 27 de ausência)
Há 27 dias que não ia ao Sargaçal, mesmo assim saí super tarde. Com o tempo que estava, preferi ir mais nas calmas e ajudar um bocado a Susana com as crianças.
No resto da manhã (isto é, principio de tarde), dei uma volta bastante grande para ver como estavam as coisas pelo terreno. Normalmente estas voltas acabam por me criar uma sensação de impotência e desânimo relativamente ao que há para fazer. Desta vez nem por isso.
Depois do almoço, apareceu o Cláudio. Não vinha para trabalhar — também chovia a cântaros –, resolvi continuar a volta com ele. Fui-lhe explicando o que queria que ele fizesse aqui e ali, mas é literalmente falar para o boneco. Desconcertante.
Fomos ao Ribeiro do Enxidrô. Magnífico. Fui ao local onde tinha estado o ano passado por esta altura. Tinha saltado para uma pedra no meio da água para tirar fotografias, este ano nem pensar.
Descemos o Lameiro Grande, que vou passar a chamar Lameiro da Gracia (ler Gracía), mesmo lá em baixo fomos ao terreno de um vizinho e deparo com este espectáculo inacreditável. Fiquei de boca aberta, com tanta beleza, o ruído, tudo. O ribeiro no Verão quase seca (principalmente devido à quantidade desmesurada de água que desviam para os campos), mas hoje estava na sua força total. O nosso terreno acaba onde começa a queda de água, do lado esquerdo. Cada vez gosto mais disto.
Com a passeata e a conversa, apanhamos uns 10 quilos de castanhas e como entretanto a chuva parou, resolvi ir recolher calhaus para colocar nos aluimentos do lameiro pequeno. O Cláudio reclamou, azar nítido, não consigo estar sem fazer nada. Arrastamos (é a palavra) a custo, quatro carrelas cheias de pedras, que deram para 1/3 de aluimento pequeno. Para o outro é necessário um camião.
Voltei para a casa, ia haver um jantar de aniversário. Estava todo satisfeito.
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