O rendimento mínimo
Tinha dito, que não me acreditava que o Cláudio aguentasse o seu novo emprego durante seis meses. Mas isto é ridículo. Desistiu no primeiro dia.
Telefonou-me mais ou menos a dizer que estava disponível para trabalhar no Sargaçal (!) e que se continuasse no emprego não seria possível. Ouviu das que não quis, mais uma vez. Não adianta nada. E atirou-me com o rendimento mínimo… Em como o senhor Teles (que é o presidente da junta de Tendais), lhe vai tentar conseguir isso. Fico doido.
Antes que se possa dar o caso de mal entendidos, digo já que sou frontalmente contra esse conceito e prática de “rendimento mínimo garantido”, que depois alguém mudou o nome em pura atitude cosmética. Apresentado como o grande feito de um governo socialista que por aí andou, de má memória, para mim é mais uma desgraça nacional. Poderia considerar o caso em situações extremas de invalidez ou velhice, tudo o resto é gozar com quem trabalha e brincar com quem paga os seus impostos.
Para pessoas como o Cláudio, a única coisa que eu lhes garantiria seria o trabalho mínimo. Não falta que fazer neste país. Chamaria a essa medida “trabalho mínimo garantido”, ao que corresponderia o respectivo rendimento mínimo.
A tocar no iTunes: Jet Girl do álbum “Saturnalia” The Wedding Present (Classificação: 3)
Uma resposta para“O rendimento mínimo”
infelizmente, por lá, não trabalhar para ter o Rendimento mínimo é comum…
Acho que é geral. O rendimento mínimo é um convite à fraude. Aliás, nestas zonas praticamente toda a economia é paralela, embora eu por questões de desenvolvimento e tal, considere alguma tolerância extra (relativamente a clubes de futebol e seus dirigentes, por exemplo, mas não só).
Por exemplo, existem associações ditas de “inserção social”, que colocam trabalhadores nas terras, numa alternância instituida entre emprego durante x tempo e subsídio de desemprego durante y tempo.
enquanto o exemplo não vier de cima, nada feito. Todos estes esquemas estão enraízados.