Sky at Night

É sabido que sou grande leitor de revistas. A lista já está algo desactualizada, mas o número total manteve-se. Comprei uma revista da BBC chamada Sky at Night e é o equivalente de astronomia da Gardener’s World.

A revista é acompanhada de um CD, que contém, entre outras coisas, um episódio do programa homónimo da BBC. É uma excelente ideia e a Gardener’s World devia fazer o mesmo. Devo dizer que não tenho, nunca tive, paciência para os CD-Rom. Neste caso, vi o programa com um gosto que até a mim surpreendeu. Não há dúvida que a BBC sabe fazer as coisas, embora seja um show extremamente simples em forma e conteúdo. É apresentado por Sir Patrick Moore e Chris Lintott. Moore é uma espécie de decano dos astrónomos britânicos. Um velhote daqueles que só aquele reino pode produzir. Demais. O tema principal deste episódio foi o lendário observatório do Monte Palomar, na Califórnia, EUA.
Mas perco-me. Eu queria falar era do futuro da televisão. Para mim, vai ser algo como isto. Um programa que recebo em CD ou DVD, ou via internet e que vejo quando quero, onde quero, quantas vezes quero e armazeno algures. Se as coisas forem bem feitas, esses ficheiros (é disso que se trata) incluirão meta-data o que permitirá pesquisar o conteúdo.
Pessoalmente já não aturo rigorosamente nada na TV, a não ser o canal Panda — que por acaso tem um lixómetro assinalável (refiro-me aos desenhos animados realizados com o intuito de vender produtos, tipo Beyblade) e massacra agressivamente as crianças com publicidade. Apesar disso, tem outros programas de muito boa qualidade, como o Verdocas que ensina desporto e ecologia de uma forma que a Luisa entende desde os dois anos e continua a ver com interesse.
E divagando mais um pouco, o futuro do cinema também está na nossa casa. A última vez que fui ver um filme, apanhei com 25 minutos de publicidade; fora as ruídosas pipocas, tipos a sorver Coca-Cola como porcos numa pocilga — não que alguma vez tenha visto um porco a sorver Coca-Cola… Mas o pior é a tropa dos telemóveis. Esses é que não têm rigorosamente respeito nenhum por ninguém e já uma vez tive que mandar dois abanões a uma miudagem em plena jogatina com o telemóvel; os marmanjões ainda são piores, com os toques musicais, as mensagens e o tec, tec, constante. Relaxado é que não saio lá de dentro.
Dizem-me que vão fechar seis salas do AMC do Arrábida Shopping — para quem não conhece é uma autêntica fábrica de ver cinema –, e li no jornal que aquilo está à venda. Se a tendência de crescimento do DVD à custa das salas de cinema se mantiver, vai ser interessante observar novamente o “efeito VHS”. Desta vez, não vão ser os cinemas tradicionais a fechar e não vou ter pena rigorosamente nenhuma. Estou curioso para observar os centros comerciais da moda com os cinemas às moscas ou fechados e ver qual vai ser a reacção — pistas de bowling, danceterias, ou início do fim deste conceito social que efectivamente não gosto?

Uma resposta para“Sky at Night”

  1. jrf

    !? Desapareceu o “=” em todos… Acho que não se deve escrever a partir de certa hora…
    Corrigido.

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