Caminhada ao luar

Lameiro da Gracia
Ainda não tive tempo de descrever as aventuras de Quinta-feira passada. Terá de ser telegráfico. O grande objectivo era consertar o tubo da água que ardeu, aliás já começo a stressar outra vez com esta história da água. Não chove, começa a estar calor a sério e consertar o cano consertamos, a água é que teima em não cair nos tanques.

Primeiro fui ao lameiro perto da Ponte do Grandinho, tentar medir quanto tubo precisava. Pura perda de tempo. Aquilo é um barranco descomunal, o tubo roto parece um chafariz, não deu para medir nada. Fui ao “Mouta” em grande velocidade comprar 100 metros para não me chatear. Ainda tive que negociar a entrega, pois não cabe no jipe. Mas são simpáticos e deixam-me devolver as sobras, mas esqueci-me do pequeno pormenor do tamanho e tive que deixar o tubo no lameiro.
Andei no terreno nas limpezas até às 17h. Depois fui buscar o Cláudio e o senhor Henrique (o patrão) e zás, grande velocidade para o lameiro outra vez. Como tinha fogueira acesa e estava um bocado desconfortável com o assunto, deixei-os lá e regressei ao terreno. Mais limpezas até às 20h. Fui buscá-los, altamente atrasado para o jantar na associação. Ficou tudo correcto e eu aliviado até ao dia seguinte, quando falei com o Cláudio que me disse que continua sem haver ponta de água. Não há paciência.
Quando cheguei ao jantar já todo o povo tinha comido. Estavam à minha espera para repetirem… É demais, sou sempre o último, mas que culpa tenho eu? Com um terreno destes, até me admiro que tenha tempo para ir jantar.
Depois do bacalhau assado com batatas a murro, caminhada. Um luar espectacular. Alguma discussão e hesitação, toca a descer até ao Bestança, Ponte de Covelas. Pelo caminho vimos um pirilampo, animalzinho que já não via há décadas. Quanto à ponte, o rio e o luar, foi um dos pontos altos das minhas aventuras no Bestança. É necessário lá estar para entender. É daquelas poucas ocasiões em que os pensamentos de todos estão coordenados e em uníssono. Parece que não existe discórdia no Mundo e a vontade de ficar é enorme.

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