O vale zangou-se

Planta ao Sol
No Sargaçal o dia prometia. Uns 22ºC, Sol, lá andava eu com a primeira manga-curta do ano a preparar-me para uma jornada proveitosa…

…mas o vale zangou-se.
Cerejeira à espera da tempestade
Ficou praticamente de Noite. Acenderam-se as luzes da rua e da aldeia.
Planta ao Sol
Lá no fundo ainda havia Sol. Levantou-se vento. Começaram a cair os primeiros raios.
Depois começou tudo a ser mais rápido. O Cláudio foi a correr recolher as ovelhas e cabras que andavam no nosso lameiro pequeno.
Não chovia ainda mas já se via e ouvia chover no Lameiro da Gracia, a aproximar-se, a chuva cada vez mais ruidosa. Depois digno de filme, chovia numa cortina quase contínua nos pinheiros grandes e na tapada, com grande ruído nas folhas secas do chão, mas onde eu estava a uns 40 ou 50m ainda nada.
Mas ia começar. Corri para dentro do jipe e o céu começou a cair, dir-se-ia todo de uma vez — chuva e granizo. Os trovões faziam estremecer o jipe de tal forma que ficava com a sensação que alguém batia no vidro de trás.
Fiquei ali mais de uma hora e depois passou. Continuou uma chuva fraca. Calcei as galochas e fui tratar de vida. A temperatura desceu 10 graus. Constipei-me na manobra.

Uma resposta para“O vale zangou-se”

  1. fernando

    Vila de muros em todo o seu explendor , só é pena a foto estar um pouco escura

  2. Luciano

    Agora na Páscoa demos uma saltada até ao Alentejo e presenciamos uma cena muito semelhante: searas luminosas e ainda verdejantes atrás de nós, à frente uma grande azinheira contra um céu escuro riscado de relâmpagos. Pouco depois a chuva e a descida da temperatura.

Deixe um comentário

Mantenha-se no tópico, seja simpático e escreva em português correcto. É permitido algum HTML básico. O seu e-mail não será publicado.

Subscreva este feed de comentários via RSS

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.