Acumulam-se as evidências da origem humana do aquecimento global +

Um grupo de amigos com os seus belos jipes, literalmente a darem cabo da Serra de Montemuro
Pessoalmente tinha vergonha de colocar isto no YouTube.

Papa admite que existem provas científicas suficientes que evidenciam a evolução
A igreja católica só faz bem em distanciar-se dos criacionistas e outros ignorantes. Herald Sun.

Há uma guerra nas livrarias
Livros sobre “design inteligente” não pertencem à secção de ciência. São mais do domínio da má ficção.

Células solares mais baratas
Ainda não, mas está perto. Engadget. Entretanto, há um novo máximo de eficiência atingido. Gizmodo.

“Casa de Manoel de Oliveira” toda vandalizada
Esta notícia é do DN, mas hoje na SIC mostrou o projecto de Souto de Moura, que disseram orçado em 2,5 milhões de euros, num estado que é preciso ver para crer. É fartar vilanagem que o país é rico e a cidade está em condições destas aventuras. O autarca Rui Rio pode ser muito mau, mas os que lá estiveram antes nem são bons, nem são maus…

Lost America
Fotografias nocturnas fenomenais de sucata, cidades fantasma e coisas assim.

Boas dicas para fotografia macro
PopPhoto.

Carros americanos são os piores em eficiência
Que novidade! Reuters.

Acumulam-se as evidências da origem humana do aquecimento global
Isto é um nunca acabar, mas para os cépticos nunca será suficiente. É como o trabalho de um cínico — nunca acaba. Physorg.

Tenerife e Gran Canaria a arder
Earth Observatory, NASA.

Frequência de furacões no Atlântico duplicou no último século
Earth Observatory, NASA.

Uma resposta para“Acumulam-se as evidências da origem humana do aquecimento global +”

  1. L.

    Agradeço toda esta útil informação, nomeadamente sobre fotos Macro.
    Um abraço.

  2. José Rui Fernandes

    L., não há que agradecer.

    Osvaldo Lucas, não entendo. Ou melhor, entendo. Há certas discussões que se é preso por ter cão e por não ter.
    Primeiro o link é para um resumo de um estudo que ainda vai ser publicado. Pessoalmente achei interessante partir de alguém a trabalhar na Novartis — deve ser mais uma das poderosas forças do “hype”.

    Os comentários que refere são de uma infelicidade total:

    BJ diz que é óbvio que o “buraco” lá está… É óbvio para quem? Para os cépticos não é de certeza. Ou agora é? Agora vai-se passar à discussão da dimensão do “buraco”. Haja paciência. Faz lembrar a discussão da camada de ozono… De inflexão em inflexão lá deram o braço a torcer… Todos? Não! No Mitos Climáticos é uma situação classificada como uma guerra entre fabricantes de ar condicionado.

    Alex diz que o artigo não mostra provas de nada. Pois não, mas não se deve ter apercebido que estudos habitualmente são um pouco mais volumosos que esta meia-dúzia de linhas… E se mostrasse? Não é por falta de provas, é porque ainda não lhes chegou à pele ou à carteira.

    O Adrian vem outra vez com a conversa do intervalo de tempo que vai dar sempre no mesmo. A Terra, sendo o mesmo planeta há milhões de anos, já foi mais quente sim. Muito mais quente. Um dia, num charco quente até se criaram condições para haver vida; e cairam meteoros e tantas outras calamidades — e imagine-se, o Homem ainda não existia. Ok, para mim não é exactamente isso que se está a discutir.

    M parte directamente para a acusação de charlatão. Nem leu o estudo, mas já se sabe que este investigador o que quer é pescar uns fundos.

    É para continuar? Logo a seguir vem um a dizer que os comentários são infantis. E é dizer o mínimo.

    Caro Osvaldo Lucas, a tecnologia tal como a conhecemos hoje, tem meia-dúzia de anos. Os satélites, outra meia-dúzia. Registos fiáveis, pouco mais de 100 anos. Se as bases da discussão forem estas e se forem desconsideradas todas as outras formas de investigação, o que resta?
    Se toda a investigação científica fosse feita nesta base, ainda tínhamos medo dos relâmpagos, os micro-organismos não existiriam e a Terra seria sem sombra de dúvida o centro do Universo.
    A mim, basta olhar em volta para achar que algo está errado. Outros acham que está tudo certo — não ouviu o digníssimo primeiro ministro a dizer que o que o país precisa são mais 5600 camas para o Allgarve?
    Há uns tempos um dos colaboradores do Blasfémias também me dizia que na China “pelo menos” sairam dos arrozais. Só é pena que nem água tenham para beber e ar para respirar, sabe Deus.
    Só tenho pena de acreditar que a Terra seja um sistema onde tudo está relaccionado.

  3. Osvaldo Lucas

    O problema é que é mesmo importante saber a dimensão do “buraco” (gap/diferença entre o que os modelos predizem e o que é constado). Afinal, devido a estar vivo, consumo matéria orgânica/outros combustíveis e liberto calor (e CO2). Ou seja, o Homem,de certeza, ajuda (contribui) para as alterações climáticas. A notícia não quantifica a contribuição humana.
    Se um dia se chegar à conclusão, definitiva, que contribuímos com 10% para o “aquecimento global” não há qualquer necessidade, próxima, de nos preocuparmos com o CO2 emitido. Se contribírmos com 90% a situação é mais complicada.
    Só para lembrar, mesmo que o gap seja significativo não é obrigatório que seja maioritariamente devido a causas humanas. Podem existir outras não estudadas/consideradas.

    Mas até não me importo que me tentem vender uma ideia (que mais tarde ou mais cedo pode ser provada como certa ou errada). Mas não concordo que os media, só porque a notícia é tratada como alarmista, ignorem tudo o resto. Será que veremos alguma notícia após o artigo sair? Claro que não. Só um cientista “maluco” é que se arrisca, com todas as incertezas associadas a este tipo de estudos (vide o bold do artigo “Unfortunately, small changes in the models can lead to a broad range of outcomes, inviting debate over the actual causes of climate change” a fazer afirmações cabais e definitivas.
    E, claro, deixa de ser notícia.

    E este tipo de notícias não é um caso isolado.
    Veja-se http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1300253&idCanal=undefined
    Onde onde é que se vêm notícias subsequentes? Esta notícia, se fosse minimamente definitiva era uma bomba.
    E a http://earthobservatory.nasa.gov/Newsroom/MediaAlerts/2007/2007072925417.html ? Será que vai ter desenvolvimentos – além de críticas imediatas? Segue uma de um leigo: alguém me consegue explicar como eram contabilizados os furacões e tempestades tropicais até 1970 (satélites) ou pelo menos até aprox: 1950 (aviões de observação meteorológica)?
    (Neste caso parece-me mesmo que os cientistas em causa suicidaram-se cientificamente, mas nunca se sabe).

    E o que dizer da aberração de um EDITORIAL do Correio da Manhã? http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=252071&idselect=93&idCanal=93&p=200
    SERÁ MESMO QUE OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS?

    Nota: continua-se a fazer as contas com modelos até 150 anos para trás, ou seja incluindo apenas o CO2 antropogénico. Os modelos terão algum problema em andar mais para trás no tempo?

  4. José Rui Fernandes

    Se um dia se chegar à conclusão, definitiva, que contribuímos com 10% para o “aquecimento global” não há qualquer necessidade, próxima, de nos preocuparmos com o CO2 emitido. Se contribírmos com 90% a situação é mais complicada.

    Parece que aos poderes instalados convém bastante (por vezes por motivos bastante pueris) que a contribuição seja nula. Admitir 10% seria verdadeiramente fenomenal.

    Mas até não me importo que me tentem vender uma ideia (que mais tarde ou mais cedo pode ser provada como certa ou errada).

    Eu não tento vender nada. E se tentasse, nem à família conseguia, portanto limito-me a andar e a ver.

    Mas não concordo que os media, só porque a notícia é tratada como alarmista, ignorem tudo o resto.

    Esta também é outra bastante interessante de observar. Os média são os média, desde que me conheço. E desde que me conheço que não há quem esteja dentro de um assunto tratado pelos média que não se queixe de a) da ignorância; b) da leviandade; c) do sensacionalismo; d) da falta de rigor; e) etc., etc., etc. …
    Mas no caso do “aquecimento global”, de repente toda a gente quer sabedoria, profundidade, contenção, rigor, etc., etc. …

    Também conhecia uma pessoa que a discutir cinema era muito liberal a menos que fosse do realizador tal e de determinado actor. Aí, ai da nave que fizesse barulho no espaço, ai da pirueta que desafiasse a gravidade… Aí tinha que ser tudo extremamente rigoroso.

    Não sei o que as pessoas pretendem dos média em geral e sobre este assunto em particular. Deve ser algum milagre ou coisa que o valha.

    Outra coisa que acho e tenho observado (e observei até com espanto no De Rerum Natura — veja os comentários) são pessoas insuspeitas a passar atestados de incompetência a tudo o que é cientista que se digne associar as alterações climáticas à acção humana.
    Diz com a maior das levezas que lhe parece houve um suicídio científico nesta questão dos furacões. Eu prefiro dar o benefício da dúvida e tenho a NASA como uma instituição que ainda tem uma reputação a defender.

    Relativamente aos fins do Correio da Manhã, julgo que se refere aos “fins” que são vender jornais. Ou esse verdadeiro jornal de referência também faz parte da conspiração? A única coisa que lhe posso dizer sobre o assunto é que faça como eu: Não compre, não leia.

  5. Osvaldo Lucas

    JRF
    Como é óbvio, a minha referência à venda da ideia não se referia à sua pessoa. Referia-me aos cientistas e aos políticos. E, volto a referir, fico zangado quando em vez de me apresentarem apenas dados constatados/observados (e não constados como referi no post anterior) e dados previstos por modelos para comparação, mostram-me também uma linha, com a tª estável com o cenário: “vejam, isto era o que aconteceria se o homem não tivesse libertado tanto CO2” (vide gráfico como o da pág. 29 das FAQs do IPCC http://ipcc-wg1.ucar.edu/wg1/Report/AR4WG1_Pub_FAQs.pdf ).

    Quanto aos media serem pouco “fiáveis” em muitos assuntos, a constatação do facto não justifica que deixemos andar.
    É verdade, podemos não comprar o jornal, mas o Correio da Manhã tem uma tiragem na ordem da centena de milhar de exemplares e possivelmente leitores na ordem dos 500 mil. Como o EDITORIAL referido para mim é uma aberração, não há qualquer problema. A grande maioria dos outros 500 mil leitores, com a literacia dominante neste país, vai certamente concordar comigo.
    Como é óbvio, os FINS referidos no artigo são a necessidade de ter cuidado com as agressões que fazemos à Terra, e não sei porquê parece que o mais importante é o aumento de CO2, com tantos problemas de poluição comezinhos para resolver.
    Transcrevo o meu comentário à nóticia do CM: “Os fins justificam os meios? Se, porventura, o aumento climático for de origem antropogénica, “todos os contributos, por mais demagógicos ou oportunistas, são positivos se contribuírem para aumentar a consciência ambientalista”? Como é que “Estas temperaturas antecipam alguns dos piores receios dos cientistas: a temperatura média do Planeta continuará a subir neste século”?
    Mais, não esquecer que quem opina é um Director-ajunto do jornal. Que raio de responsabilidade social é esta?

    Lowlander
    Link interessante.
    No entanto, relembro que os resultados (ou melhor as projecções) acabaram por serem razoáveis num período de 20 anos (1988-actualidade), usando como dados de partida valores a partir de 1959.
    Vide também o comentário 21. “I’m curious about whether the model has been run out into the future for several hundred years? Do these models fall apart outside some time range or just level off (as the distance from the forcing grows)? Thanks for any insight on this.
    [Response: Yes they have. They don’t fall apart, but they do get exceptionally warm if emissions are assumed to continue to rise. However, on those timescales, physics associated with ice sheets, carbon cycle, vegetation changes etc. all become very important and so there isn’t much to be gained by looking at models that don’t have that physics. – gavin]”, ou seja os modelos têm N problemas a predizer a longo prazo, porque a física é demasiado complexa para o actual state-of-the-art.
    E, espero não estar errado, os modelos apenas apresentam como “forcings” os gases de estufa, embora seja feita uma referência à actividade solar que teria pouco efito ” (…) the forcings without solar effects (to demonstrate the relatively unimportant role solar plays on these timescales”.

  6. José Rui Fernandes

    mas o Correio da Manhã tem uma tiragem na ordem da centena de milhar de exemplares e possivelmente leitores na ordem dos 500 mil

    Isso é o ovo e a galinha. Acha que isso se deve a textos como o que referiu, ou esses textos existem porque têm esse número de leitores?
    Não é preciso ser intelectual ou muito erudito para tirar conclusões só lendo as capas. Como disse, não leio, não compro. E pode ter a certeza que a parte do “não compro” é a única onde lhes pode doer.

    Mas concordo consigo.

  7. Lowlander

    Caro Osvaldo:

    “No entanto, relembro que os resultados (ou melhor as projecções) acabaram por serem razoáveis num período de 20 anos (1988-actualidade), usando como dados de partida valores a partir de 1959.”

    Se as projeccoes dos anos 80, com uma compreensao do sistema climatico naturalmente inferior a actual e com data sets tambem naturalmente de inferior qualidade aos actuais se comportaram razoavelmente ao longo de 20 anos porque razao os modelos criados nos na presente decada ou mesmo na de 90 nao se irao comportar ainda melhor e para horizaontes temporais mais alargados?

    “ou seja os modelos têm N problemas a predizer a longo prazo, porque a física é demasiado complexa para o actual state-of-the-art.”

    1 – A fisica ERA complexa para o state-of-the-art dos anos 80. Agora tambem talvez ainda o seja, mas menos.
    2 – As predicoes do IPCC nao vao alem do horizonte temporal de 2100.
    3 – Creio que um horizonte temporal de 2 geracoes e um feito bastante razoavel nao? Tendo em conta que o registo climatico instrumental tem 150 anos.

    “os modelos apenas apresentam como “forcings” os gases de estufa, embora seja feita uma referência à actividade solar que teria pouco efito”

    Esse “apenas” como um antigo professor meu diria nao e um pormenor e sim um pormaior.
    Um forcing, num sistema caotico como o climatico e uma variavel que por si propria e capaz de induzir alteracoes nas equacoes de equilibrio desse sistema. Ou seja, sao as engrenagens do proprio sistema em accao.
    Repare que sistemas complexos ou caoticos tem um sem-numero de variaveis inter-relacionadas que causam multiplos feedbacks enre si. Assim sendo nesses sistemas, sempre que se observa uma alteracao do seu estado equilibrio e necessario discernir forcing the feedback.
    A melhor analogia que lhe posso dar e a bola de neve:
    O forcing foi o menino que fez uma pequena bolinha e a atirou pela montanha abaixo. A gravidade, o grau de inclinacao da montanha e quantidade de neve na encosta funcionam como feedbacks positivos transformando a bolinha a medida que esta se desloca encosta abaixo numa avalanche.

  8. Maria Teresa

    Poderiam me ajudar? Gostaria de saber aonde conseguir material referente ao aquecimento global, por exemplo: gráficos (todos os tipos)DVDs.principalmente sobre os gráficos. obrigada

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