15 minutos de jardinagem, revisitados
Resolvi que dê por onde der, tenho que ter os meus 15 minutos de jardinagem diariamente. No Inverno mais profundo torna-se mais difícil porque às cinco da tarde já praticamente não se vê nada. Mas não interessa, a proximidade e a presença constante no jardim, mesmo que por pouco tempo, torna tudo muito mais fácil. E é relaxante, rapidamente nos abstraimos de outras questões.
O que tenho observado ultimamente é que há um problema com estes 15 minutos… Têm demorado por vezes duas ou mesmo três horas, sem eu dar por isso, o que acaba depois por me afectar o tempo dedicado a outras actividades. Mesmo assim, entre arrancar ervas, plantações e sementeiras, tenho uma série de tarefas hortícolas bem atrasadas.
Uma resposta para“15 minutos de jardinagem, revisitados”
Eu já andei um bocado por esse caminho mas ao fim de algum tempo tudo volta ao normal. Deixei de me preocupar muito com essa questão de programar tudo, inevitavelmente acontece-me sempre alguma coisa que me impede de cumprir o programado.
Mas reconheço que é preciso um pouco de coragem para pelo menos tentar organizar tudo de maneira que a haja tempo disponível para todas as actividades em que estás envolvido, eu neste momento já consegui organizar-me de maneira a conseguir fazer 40% do que tenho para fazer mas ainda não consegui totalmente, pelo menos para sair para fotografar as vezes que acho necessárias. Isto tudo está a ter um preço caro: não consigo muitas vezes a inspiração suficiente para escrever ou fotografar o que acarreta mais atrasos e mais fustração.
Para lidar com isto procuro fazer mais tarefas por menos tempo – leio menos páginas de uma só vez mas leio diariamente – e assim vou mantendo um ritmo regular. Mas é uma luta diária e espero ter isto em ordem dentro de uns meses, soa-me a um idealismo lírico mas quem sabe…
Ah, mas isto não é organização. Acho que é exactamente ao contrário. O que eu quero é ter 15 minutos de jardinagem, mesmo que os livros estejam a arder dentro de casa (talvez não tanto, mas dá para teres uma ideia).
Não é necessária nenhuma organização, só alguma disciplina e tendência para a irresponsabilidade piedosa.
Isso que dizes é outra coisa e nunca resultou comigo. Até porque há tarefas que se resolvem sozinhas porque não agi atempadamente e outras que pela urgência se sobrepõem a tudo.
Ler, ainda dá para ler todos os dias.
Quem me dera a mim um espaço, por mínimo que fosse, para uns meros 5 min. diários de jardinagem. A mim e a muita gente; seria mau para “psicólogos e outros terapeutas” mas faria maravilhas pela saúde mental de todos nós, com o acréscimo de jardins e hortas mais verdejantes.
Vi no outro dia uma reportagem sobre as “hortas de Lisboa” e senti uma empatia enorme com aquela gente que semeia as suas batatas ao lado do “Colombo”.
Concordo 100%. A solução passaria por “allotments”, hortas comunitárias como as dos ingleses. Mas para isso era necessário deixar algum terreno livre nas cidades, porque não faz sentido andar quilómetros de automóvel até à periferia para cultivar umas alfaces — a horta tem de ter proximidade. Não percebo porque um prédio não pode ter isso para os seus residentes — ou melhor não percebo é uma forma de dizer, mais vale esmifrar todos os m2 em apartamentos.
Gostei muito dessa reportagem que vi por acaso. Achei tudo aquilo excelente.
Algum tempo atras meti mãos à obra e aproveitei um terreno livre numa quinta no ribatejo para começar uma horta mais ou menos biologica, numa terapia de fim de semana para o combate ao stress da vida da cidade. Mas parece que tudo correu mal. As sementes que se compram só dão para uma vez, porque se se tentar voltar a semear o fruto da primeira produção, nascem apenas uns vegetais raquiticos. Ou seja sempre que quero fazer uma sementeira tenho que comprar sementes novas. Será que se utilizar sementes biologicas isto também acontece?
Acho que isto que vou dizer está certo: Apenas sementes híbridas não saem verdadeiras às plantas originais. Biológicas ou não, se não forem híbridas devem sempre dar boas colheitas. Mas deve seleccionar os melhores exemplares para a sementeira.
Dito isto, outros factores podem ter influenciado os resultados menos positivos nas colheitas. Tem de ver.
Eu também. 15 minutos – que se transformam muitas vezes em horas- semanais no jardim quase se tornaram numa terapêutica indispensável. É verdade que nem sempre consigo esse tempo de qualidade porque outras tarefas (obrigatórias) ou outros pazeres (o pedestrianismo/montanhismo) se sobrepõem. conclusão: não consigo manter o trabalho do jardim actualizado. O facto de detestar o aspecto certinho de um jardim, não quer dizer que não tenha que cortar, aparar constantemente; até porque sou ávida de cor, sendo assim, querendo cor todo o ano tenho as mais variadas espécies de plantas -creio que nenhuma é invasora- . quanto às sementeiras, nem sempre sou bem sucedida. Tenho mais sucesso com estacas. Aliás, a propósito disso, a Glicínia não será mais facilmente cultivada atravé de estaca do que sendo semeada?
O meu jardim, assim como a horta são o meu tratamento para o stress. quantas vezes,não estou eu a trabalhar em casa, e para fazer uma pausa de 5 minutos vou “ver” as minhas plantas a crescer…
Obrigado por ter passado — quanto ao Algodão (num comentário que não aprovei por estar fora do tópico “Faia”, não a posso ajudar
A Glicínia de estaca resulta sem dúvida e tenho uma assim. As sementes fazem parte de uma experiência… Quero ver o que dá.
Também costumo ir ver as plantas a crescer a meio do trabalho (o escritório tem o quintal que aqui descrevo nas traseiras).
Eu sou exoperária fabril ,e agora uma domestica solitária,ou melhor ,”era” porque no predio onde moro
consegui autorização para roubar um rectângulo á relva e fiz uma horta em miniatura ,metade horta metade jardim, que maravilha! ah! isto situa-se na Suiça….
mas o que eu quero afirmar é o seguinte:
cultivo comtemplo e saboreio ,adoro a minha horta porque quando estou sem saber o que fazer desço,e paço algum tempo em companhia das minhas flores dos coentros da hortelâ dos tomates etc deixei de me sentir tão sózinha
Cara Arminda, obrigado por ter passado por cá. Ultimamente não tenho conseguido os meus 15 minutos de jardinagem.
Ainda bem que conseguiu a sur pequena horta. Pode ser que outros vizinhos se entusiasmem e lhe façam também companhia nos cultivos.