A a Z da interferência política na ciência +

Neve no Oeste dos EUA a derreter mais cedo que o esperado
Mais uma consequência do aquecimento global que levará a mais realimentação positiva. Science Daily.

Previsão da maior zona morta no Golfo do México desde que há registos
Uma das consequências da agro-química. Science Daily.

Países Verdes
Se é que se podem chamar assim. Time.

Portugal vive acima das suas possibilidades há muitos anos
Esta brilhante conclusão é do FMI. Mas ninguém diria, a começar pelo que se vê por parte do Estado e a acabar no cidadão comum, a quem andam a dizer há décadas que o que é necessário é gastar. Ir de férias para Varadero a crédito. Aumentar as poupanças vai ser o novo preto. Jornal de Negócios.

A a Z da interferência política na ciência
Union of Concerned Scientists.

Pingo Doce acusado de cobrar IVA indevido
O PCP continua a sua luta quixotesca, as televisões adoram. No Pingo Doce e nas grandes superfícies, os preços são mudados às centenas por dia. Eu preferia mais ética, o PCP decerto preferia a fixação de preços pelo estado. Diário Digital.

Uma resposta para“A a Z da interferência política na ciência +”

  1. mário venda nova

    Eu diria que Portugal vive acima das suas possibilidades há pelo menos dez anos. Masd foi o boom das taxas baixas em 1999 que nos arrasou, no delírio das taxas baixas foi um nunca mais acabar de vender e construir habitação. Mas não era uma situação sustentável porque simplesmente não se baseava em crescimento real mas apenas na taxas baixas. O que ninguém lhes explicou – e o que também ninguém quis ouvir – é que a seguir a um ciclo de descida vem um ciclo de subida, são os ciclos económicos tão bem documentados. Depois de historicamente baixa a taxa tinha que obrigatóriamente de subir, quanto mais não seja para controlar a inflação mas também porque um maior número de pessoas a recorrer a crédito encarece o dinheiro porque este não é infinito e portanto se há menos liquidez o dinheiro fica mais caro.
    Mas foi um fartote, foram aquisições de viaturas como nunca se viu, o negócio imobiliário floresceu, a decoração idem. No primeiro trimestre de 1999 venderam-se tantos carros como no ano todo de 1998 e isto diz muito sobre o que se passou mas existe uma pergunta recorrente e que era interessante ver respondida: onde foi parar toda essa riqueza? A lado nenhum porque foi ilusória, hoje grande parte das lojas de decoração do Porto ou já fecharam ou estão a caminho da falência, o negócio imobiliário é o que é, há mais oferta que procura, e o restante país está na mesma situação. Vivemos hoje a prazo sempre na expectativa que as taxas não subam porque hoje a poupança quase não existe e mesmo que os depósitos a prazo atinjam 10% isso pouco interessará ao português médio que vive com os tostões contados até ao final do mês.

    Não se criou uma verdadeira literacia finaceira nos portugueses e isso paga-se hoje no endividamento das familias e, sobretudo, no endividamento do país para financiar essas familias. Quem comprou desenfreadamente e recorreu a crédito hoje vive a prazo.

    Pergunto onde andava o mercado de arrendamento e os políticos que ‘subsidiaram’ a politica do betão, porque cá resolvem-se as crises atirando dinheiro para cima do betão. Tgv e novo aeroporto são mais uns remendos para tapar a crise que teima não nos largar e que continuará a não nos largar se continuarmos a insistir nos mesmos erros. Educação, cultura e boas empresas é o que nos faz falta.

  2. José Rui Fernandes

    Não se criou uma verdadeira literacia finaceira nos portugueses

    Criou-se alguma? Só se for de matemática, como demonstrou o último e extenuante exame do 9º. Ano.

    O fartote não foi só de crédito. Vieram milhares de milhões para tudo. A certa altura entrava mais dinheiro para formação no país do que para estradas (no tempo Cavaco Silva e mais, julgo não errar). Onde está o dinheiro? Resultados? A maior parte foi gasta por grandes empresas (digamos bancos também) a dar formação “turística” em “resorts”. Ao nível dos mais pequenos, havia conivência entre empresa, formadores e formandos para receberem complementos de salário por essa via, bastava assinar uma folha de presenças (isto dura até hoje, ainda há pouco um amigo esteve nessa situação e tendo “apertado” a formadora, foi logo colocado no seu devido lugar pelos próprios colegas).

    Quanto ao cimento, o que ouço é que casas a mais existem centenas de milhar, talvez milhões. Se ninguém contrói para prejuízo, é porque o lucro foi realizado algures.

    Boas empresas, também estamos conversados. Como sabes ando envolvido em obras para abrir nova livraria, com responsabilidades acrescidas porque atrasos implicam prejuízos diários. Devia ter terminado em fim de Maio. A caminho do fim de Julho, aqui estamos. Mobiliário nem foi iniciado…
    Chegado a um ponto seria natural a “empresa” (entre aspas sim) colocar a mão na consciência e admitir que não ia cumprir a ver se eu conseguia uma alternativa. Mas não, preferem enganar os próprios clientes até ao limite do possível.
    Fala-se muito do governo, mas esta tropa é ingovernável. E não há economia que cresça baseada na trafulhice continuada. Enquanto não houver uma limpeza a fundo, o país estará como está. E só se pode safar com a ajuda externa.

  3. mário venda nova

    O dinheiro que correu por aí for demais e o português arranjou logo destino para ele, foi farta a roubalheira. Mas mesmo assim o país está onde está o que quer dizer que mesmo para os que encheram os bolsos à custa da europa não foram muito longe com o mesmo. Quem se ‘safou’ bem foram os políticos e amigos, o Zé da esquina que montou um esquema para dar formação ao povo e que abotou com 10 ou 15 mil contos, comprou uma casita, pediu o resto ao banco e hoje vive de esquemas. Mas quem perdeu verdadeiramente fomos todos nós, em vez de viver neste bote à deriva poderiamos estar a viver razoavelmente e ter outra capacidade enfrentar a esta crise que grassa por todo o mundo. Em vez disso os nossos ‘empresários’ preferiram ir chorar para a porta do governo quando os chineses começaram a invadir a europa de textéis baratos e arrecadaram mais uns milhares que torraram na vivenda e no Ferrari para depois mandar as empresas falir e recomeçarem o esquema novamente. Isto é digno da pior novela mexicana mas ninguém quis ver isto e pior toda a gente sabe dos esquemas mas que eu saiba nunca houve uma investigação a fundo nessa matéria e mais uma vez a culpa morreu solteira neste canteiro à beira mar plantado.

    Num país onde o atraso é total não se pode desperdiçar oportunidades nem dinheiro mas continuamos a olhar para o lado à espera que a UE injecte mais uns milhões para o Tgv e quejandos. Somos o país onde se gasta mais na saúde e na educação e no entanto é país onde ambas são piores do que no resto da UE; somos nitídamente o país mais atrasado da UE a 27 e o atraso mostra-se cada vez mais difícil de ultrapassar. Será que nos vamos resignar ao triste fado dos coitadinhos da europa ou será que vamos ter que dar o murro na mesa e importar meia dúzia de políticos à séria, dos EUA ou da UE? Não sei mas uma coisa é certa: a próxima geração já está comprometida, haja esperança para os nossos netos…

  4. José Rui Fernandes

    Somos o país onde se gasta mais na saúde e na educação

    Já disse isso sobre a educação e fui contestado — agora não me lembro qual é o texto…

    Não sei mas uma coisa é certa: a próxima geração já está comprometida, haja esperança para os nossos netos…

    Eu tenho que lutar ainda pelos filhos. Faço o que posso e enquanto for possível estão num colégio privado estrangeiro. Espero desse modo dar-lhes alguma vantagem para quando chegar a hora. Pelo menos sei que há exigência. No Colégio Alemão não se brinca aos exames.

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