Comentário sobre nada

Bem, nem vos conto o estado da horta perante o verdadeiro abandono a que a votei. Mas, como dizem nos filmes, um homem tem que fazer o que um homem tem que fazer.
Ah, mas sobre nada. Estão sempre a acontecer-me as mais incriveis coincidências. Até já resolvi apontá-las, mas depois esqueci-me (acontece-me muito).

Desta vez, resolvi falar sobre a vida própria que um blogue adquire. E zás, por coincidência, no dia seguinte, o Google “resolveu” cortar dois terços dessa bela vida, como podem comprovar no pequeno gráfico em baixo à direita. Dizem-me que é a penalização por andar a exagerar nos links externos, numa tentativa “googleniana” de travar os sites de “spam” e de venda de links para “pagerank”. Talvez.
Bah. Pouco me importa. Pelo menos sei que os leitores (únicos) que aqui param por mês, são uns 1.000 e é isso que dá quer sejam 300 por dia, ou os 900 por dia de há duas semanas. Tenho essa ideia há muito tempo. O aumento exponencial de visitas, está muito longe de ser acompanhado pelo aumento do número de leitores. Nunca levei a sério os digníssimos visitantes de menos de 30 segundos.
Devia produzir mais conteúdo próprio, sobre alguma coisa. Mas não está a ser possível. Porque não tenho oportunidade de andar no jardim, no quintal ou no Sargaçal. E os meus textos surgem quase sempre de interesses que despontam nessas andanças e sempre foi assim que quis — ou saber como são as coisas na prática, ou tentar aprender para as colocar em prática.
Portanto, ainda vai demorar mais umas semanas se calhar. E, surpresa, a primeira tarefa que me espera é arrancar ervas daninhas. Mal posso esperar!

PS: Não se esqueçam de regar os vasos. Este tempo não os poupa.

Uma resposta para“Comentário sobre nada”

  1. VASCO SILVA

    Fica aqui um abraço solidário.
    Devo confessar que sou muito “cru” nestas andanças, mas tento, com a minha modéstia, visitar regularmente, apesar de ter estado ausente durante algum tempo.

    Posso afirmar que até hoje, me foi muito útil.
    Tenho aprendido bastante e, as minhas esporádicas sugestões,não dão para “pagar” o que recebi.
    Mas vou continuar e daqui, também afirmo, vou fazer aquilo que um homem tem que fazer.

    Agora vou arrancar ervas que são aos montes.
    Os vasos, como são poucos, é mais fácil.

  2. Esteva

    falando de coincidências:

    1ª ontem estive cerca de três minutos a perorar sobre essa expressão (“a man’s gotta do what a man’s gotta do”). Tenho comigo que vem dos filmes de cobóis com o james Stewart, o Gary Cooper e o Henry Fonda, pois, como é sabido, estes “always did the right thing”, enquanto que o peso-pesado John Wayne às vezes “walked the other way”. O que é certo é que a frase vem dos filmes, se não fossem os filmes não conhecíamos a expressão. é uma teoria que congeminei ontem, que não interessa a ninguém, mas achei piada tu fazeres usso da mesma expressão. provavelmente por algo nas tuas circunstâncias actuais te obrigar a fazeres coisas que preferias não fazer em vez de outras que preferias fazer. eu, +elo menos, lembrei-me dela por isso. o que me leva à segunda coincidência:

    2ª a minha horta causa dó e as hortícolas vingam-se da minha negligência desparecendo sob um mar de ervas daninhas….

    quanto ao google, detesto esses gajos, lembram-me o “big brother” do Orwell a todo o instante. as minhas relações com eles são mínimas. não lhes ligues.

    o teu blogue é um vício, faz favor (se quiseres, bien sur) de postar, nem que seja aquelas hiperligações. Gosto muto delas. Eu sigo-as muitas vezes e descubro coisas giras.

    beijinho

  3. José Rui Fernandes

    Obrigado pelos vossos comentários.

    Há filmes com frases engraçadas. Há pouco vi um que não se revelou grande coisa e já me esqueci do nome… Mas ficaram duas frases que me fizeram rir. Uma é politicamente incorrecta e fica para outra vez. A outra — “é a primeira vez que vejo os ratos a nadar na direcção de um navio a afundar” — faz-me lembrar os governos a socorrer os bancos.

    O hipertexto resulta das minhas próprias andanças na internet — vou acumulando links que me parecem minimamente interessantes. Mas ultimamente nem isso. Mas retomo em breve tudo, espero eu.

  4. João Espinho

    Pois é… Como a Esteva disse, este blogue é um vício. E a semana passada tive um choque. Tenho estado a ler “para trás” durante as últimas semanas ou mesmo meses (visto que a primeira página anda sempre a mudar de sítio e na altura não sabia qual o URL), e eis senão quando, chego ao primeiro post deste blogue… A minha reacção foi: “Olha, acabou… E agora? O que é que eu faço?”
    Continue o bom trabalho, José Rui, não se preocupe muito com os número, que pelos vistos tem sempre por aqui uns viciados do Sargaçal.

  5. Maria Luisa

    Acho que já deu para perceber que também faço parte dos viciados no Blogue do Sargaçal…

    Isto não pode parar… eheheh

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