Estive a podar a glicínia

Glicínia podada, magnólia e camélia
E como em certa parte tenho olhar para cima, entrou-me algo para o olho, que me incomoda até agora. Cortar ramos secos, retirar alguns que congestionavam o conjunto, reduzir todo o crescimento do ano para dois, três gomos.
Por cima do portão, há um arco de metal onde a glicínia se instalou. É alto, mas de muito fácil acesso. Mesmo no topo está um ninho. Considero o facto desconcertante, qualquer gato dos nossos ou da vizinhança lá chega. Foi feito o ano passado e nunca reparei em pássaros ali a rondar, talvez considerassem que afinal o sítio não era viável — ou então pior. Na minha opinião isto deve-se a perda de habitat constante.
Outro detalhe bizarro que não pude deixar de reparar, é que metade do ninho é feito de plástico. Fios de nylon, corda plástica e até por lá vi uma antiga abraçadeira. Um ninho muito triste, num Mundo cada vez mais contaminado.

Na fotografia vê-se a Glicínia podada na casa que era da minha avó e agora é o escritório. A magnólia, agora a ocupar o espaço todo e a camélia. Exceptuando a casa dos meus pais, esta é a única casa com árvores dignas desse nome na rua inteira. A grande maioria dos pátios estão totalmente cimentados, ou apenas com uns magros canteiros.

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