Um argumento contra um sistema nacional de saúde
Um judeu israelita fala sobre o sistema de saúde em Israel (Huffington Post), defendendo-o, num encontro em Las Vegas organizado por rádios conservadoras, contra o sistema de saúde proposto por Obama. E com a maior das limpezas, leva com um “Heil Hitler!” berrado por uma mulher mesmo ao lado. Depois do ultraje ainda tenta argumentar alguma coisinha, mas a mulher ainda goza por cima. Toda a cena é bizarra, mas a t-shirt da mulher, ostentando “Israeli Defense Forces”, torna-a também curiosa.
Um casal amigo que jantou cá em casa há uns meses, judeus americanos (eu acho importante este detalhe), explicou-nos que esta casta de republicanos pró-Bush, cristãos renascidos, etc, etc, são mais pró-Isreal que eles que são judeus. Tratam-se de casos extremos de mais “papismo” que o Papa, que invalidam toda e qualquer hipótese de racionalidade. A mulher, envergando orgulhosa a sua t-shirt num meeting conservador, confrontada com um judeu israelita pró-sistema de saúde, cai-lhe em cima com toda a força do seu argumento, “Heil Hitler!”, que se faz tarde. O ambiente nos EUA fica mais estranho a cada dia que passa.
A justiça, a educação e a saúde, é o mínimo dos mínimos que um estado meio-decente deve proporcionar aos cidadãos e na verdade muito pouco mais defendo. De resto, do Estado só quero distância.
Por cá, já só nos resta a saúde a funcionar, mas a custos incomportáveis porque é assim que o país vegeta. Se há um processo a circular de A para E, passando por B, C e D, nunca irá directamente de A para E, eliminando potenciais ganhos pelo caminho. Com certeza já todos observaram isso nas mais diversas áreas.
Mas reduzir toda uma discussão de um sistema de saúde a um “Heil Hitler!” ou às inanidades supersticiosas da insuportável Sarah Palin é zero. E no entanto, os gastos com a saúde nos EUA são estratosféricos, gasta-se mais per capita nos EUA do que em qualquer outro país do Mundo (Wikipedia). Acaba por não se entender o que estes completos zeros querem.
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