2009 o segundo ano mais quente desde que há registos +

Haiti 48 horas depois
The Big Picture.

Haiti antes e depois
Por satélite. Wired.

Porque é que os media se sentem confortáveis a mentir sobre ciência?
Uma das últimas foi o anúncio de uma nova pequena idade do gelo, imaginam, para contrariar (outra vez) as teorias sobre o aquecimento global. Ars Technica.

Augusto Mateus sugere demolição de Estádios do Euro 2004
Sou a favor desde que sejam demolidos também os políticos e instituições que têm arruinado o país. Económico.

Ataque à rede Google com dedo chinês
Popular Science.

2009 o segundo ano mais quente desde que há registos
Real Climate.

Entretanto há outra polémica a rodear o IPCC
Utilizaram um artigo especulativo publicado na NewScientist em 1999 que garantia que os Himalaias não teriam glaciares no ano 2035. Se está mal, deve ser corrigido na próxima versão do relatório que, na minha opinião, deve ser baseado exclusivamente em artigos científicos com arbitragem. NewScientist.

França acusa EUA de ocupar o Haiti
Se estivessem calados faziam melhor figura. O Haiti de francófono só tem o idioma e os descendentes de 700.000 escravos que os franceses possuíam. Telegraph.

As nossas relações com a natureza continuam quase na idade das trevas
George Monbiot a propósito da matança de texugos no País de Gales. Guardian.

Uma resposta para“2009 o segundo ano mais quente desde que há registos +”

  1. Lowlander

    “George Monbiot a propósito da matança de texugos no País de Gales. Guardian.”

    Caro JRF,
    Mais uma vez repito. O Monbiot e muito bom rapaz e bem intencionado, mas sobre este tema, fala sem perceber pevas.
    Bem sei que e um grande salto de fe acreditar mais na palavra de um pseudonimo mas va por mim, a nao gestao (que e, de facto o que se passa hoje em dia na Inglaterra e Gales) da epidemia de tuberculose numa especie nao domestica como o texugo tem efeitos terriveis a todos os niveis: contribuinte; agricultura e pecuaria locais que se quer que continuem locais; outras especies domesticas e selvagens que comecam tambem agora a ser infectadas a medida que mais texugos ficam infectados e mais contactos com estes sao proporcionados por uma populacao de texugos nao controlada (nao ha predadores) e para os proprios texugos. A tuberculose nao e uma doenca agradavel, nao lhe chamam “consumption” por acaso.

  2. José Rui Fernandes

    Não está em causa o anonimato, já me disse quem era por mail, se bem que me esqueci. Porque me esqueço de tudo que não preciso. Mas não é importante porque vejo lógica no que está a dizer mas…
    Repare nisto: A forma como Monbiot apresenta o caso é preocupante. E por outro lado, acho que ainda não postei nada que lhe entre na sua área de conhecimento e considere estar correcto.
    O texugo não ter predadores, não sei. Teria de estudar melhor o assunto. E como chegou a esse ponto.
    Uma coisa sei: estes extermínios, são na esmagadora maioria injustificáveis e dão péssimos resultados. Por alguma razão acabam por trazer mais problemas que os que resolvem. É uma como a introdução de espécies invasoras, mas ao contrário.

  3. Lowlander

    Caro JRF,

    O Monbiot, repito, nao sabe pevas do que esta a falar. O argumento basico dele e que este abate especifico (o uso da palavra exterminio e completamente abusivo: sao areas geograficas muito bem delimitadas por barreiras naturais e escolhidas com base em dados epidemiologicos) nao funcionara porque o ISG declarou ha 2 anos que o controlo populacional dos texugos no Reino Unido nao seria util. As razoes porque chegaram a essa conclusao partem fundamental dos pressupostos da sua analise que indica a partida constriccoes politicas na aplicacao dessa medida.
    Ele obviamente nao leu o ISG. Eu li. Para comecar e um relatorio ja datado, baseado em estudos datados, depois e fundamentalmente baseado num estudo de campo (o randomized badger culling trial) que teve graves problemas na metodologia usada (metodos ineficientes de captura e abate de animais, sabotagem por grupos defensores de animais, periodo de analise temporal insuficiente para as conclusoes que quer tirar), nao foi sujeito a peer review (nunca foi publicado em revistas cientificas).
    O trial foi tao bem feito que, baseado neste mesmo trial, um ano depois, uma outra comissao cientifica concluiu que o abate era uma boa medida,e com base nessa segunda comissao cientifica que o actual abate esta a ser organizado em Gales, em Inglaterra estao a seguir a linha do ISG… giro nao e?

    O problema e que a DEFRA demitiu-se ou foi demitida da sua funcao de gerir a saude animal e portanto o(s) governo(s) estao a tomar decisoes com base em relatorios de comissoes cientificas supostamente indepentes que nao sao sujeitas a peer review e que partem de pressupostos de analise definidos politicamente (na Inglaterra urbana mandam os grupos de defesa dos animais e no pais de Gales rural, mandam os agricultores).
    Nao estao a consultar a investigacao cientifica que se faz. E esta indica claramente que o texugo nas ilhas britanicas e uma especie reservatorio, com mecanismos epidemiologicos bem descritos de transmissao para o gado e que a incidencia de tuberculose no gado (e outras especies) tem paulatinamente subido desde que o texugo passou a ser uma especie protegida.
    E volto a frisar outro facto, ter uma populacao de texugos com alta prevalencia de tuberculose nao e bom para ninguem e ninguem devia ficar satisfeito com esse status quo.

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