American Splendor (2003)
Este filme é bastante estranho porque além de ficção com uma interpretação excelente, designadamente de Paul Giamatti, tem muito de documentário e animação, com Harvey Pekar e outros também a aparecerem, por vezes ao mesmo tempo dos actores que os representam. Pekar também empresta a voz, narrando a sua própria vida. Essa característica (sendo autobiográfico) tem o efeito de misturar a narrativa temporal entre o passado e o presente.
O nosso herói morreu ontem com 70 anos. Entre o seu emprego de arquivista, escolheu expressar-se através das críticas de Jazz e da banda desenhada, mas era uma das vozes mais originais em qualquer meio. Um retrato pessimista e depressivo da América. As suas aparições no programa de David Letterman, como a do filme acima, devem ficar para a história da TV (aqui outra aparição depois desta diatribe).
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