Palheiro no Lameiro da Gracia
O Manuel fez há uns tempos este desenho com vista a um restauro deste palheiro no Lameiro da Gracia.
Por coincidência, enquanto procurava outra coisa cruzei-me com o texto onde descrevo o meu primeiro encontro com o Manuel. E tem o primeiro comentário do Luciano Lema da Quinta dos Moinhos (blogue agora parado), que ainda não deu para conhecer. Acho que há muita ingenuidade nos textos desse tempo (2005). E entusiasmo também.
Uma resposta para“Palheiro no Lameiro da Gracia”
Pode ser ingenuidade, porde ser entusiasmo mas a mim pareceu-me, sobretudo, felicidade. A felicidade de uma fogueira sob o céu estrelado.
Muito trabalho? Sim. Muitas desilusões? Sim. Muitos aborrecimentos? Sim.
Mas preferia estar sob a iluminação da cidade ou junto àquelas fogueiras? Tudo na vida requer esforço, mesmo que pareça não valer a pena.
Continue (especialmente com estes desenvolvimentos e actualizações do Sargaçal) que continua bem.
Digo-lhe que essas fogueiras compensam muita coisa. Mas ficou e está muito por fazer e agora sem ter onde ficar perdi a paciência para o ir e vir. Não continua assim tão bem, mas por outro lado também acabou muita da urgência e do stress que muitas vezes aqui dei conta.
…Percebo o facto de ter perdido a paciência…e até o entusiasmo e a urgência…Mas não tem momentos em que voltam todas as vontades e forças para recomeçar um projecto??? há projectos valem mesmo a pena, o Sargaçal parecia-me valer muito. Talvez o Palheiro fosse a peça chave, ter onde pernoitar ou passar uns dias…nem que fossem umas obras bem básicas!!! não desista…
Sim, é verdade isso a cada retorno, mas nos últimos dois ou três anos, tudo o resto tem pesado mais e acabo por não fazer nada.
Cada vez que penso numa coisa, penso ou surge logo a sua contradição — por exemplo: mesmo que estivesse com vontade de gastar dinheiro no palheiro (que não estou, face à conjuntura e ao que está para vir), quando penso nisso, penso que investindo fico mais preso ao local e vou ter o vizinho de baixo com mais força para me chatear até eu eventualmente lhe comprar o terreno (o que é praticamente impossível tendo em conta o asco que me mete a personagem), penso que aquilo está isolado e não é a primeira, nem segunda vez que nos roubam, penso na minha vida no Porto e no tempo que teria para usufruir… enfim, penso em muita coisa.
Também já passei a fase de desistir… agora estou a ir andando e vendo. Mas sinto o tempo a passar de certa forma desperdiçado.
Ah! Agora que estou a ler as categorias todas, uma vez que tenho curiosidade descobri que o José Rui parece que trabalha ou vive no Porto, será? E eu a pensar que era do Sul. Isto é interessante partilhar as nossas experiência com o trabalho da terra ou a n/ agricultura e jardins.
Porto sim, mas o terreno que dá o nome ao blogue e que agora anda meio abandonado é em Cinfães.