Lá fomos

Castanheiros na Tapada
No início, plantei muitas árvores… e pessoas disseram-me, que estavam muito junto a umas já existentes, debaixo de outras, que ia ficar muito fechado e assim…
E eu dizia que quando as árvores começassem a crescer bem, algumas seriam removidas, principalmente as das bordas — o hábito de apenas deixar árvores nas bordas —, para aproveitar ao máximo o espaço das leiras para o cultivo. O que eu não queria era chegar e “limpar” o terreno, como se vêem tantos, deixando-o sem árvores para implementar a minha “visão original”. Nem pensar nisso. Mas estando tudo razoavelmente livre de mato, o facto é que este ano tenho de desbastar muitas zonas lenhosas.

Castanheiros na Tapada
Íamos fazer um piquenique, mas com a instabilidade meteorológica, resolveu-se que iria só eu e a Susana. Disse ao Daniel, o irmão do Cláudio para aparecer e trabalhava-se meio dia. Quando chegamos já corria água na levada e começamos imediatamente o churrasco. Muito bom por acaso… e logo de seguida, trabalhar. A Susana foi encher o jipe de lenha que o Daniel foi buscar a um coberto no cimo do terreno. É lenha com uns oito anos, apesar de abrigada, muita com bicharada.
Levei a motosserra e havia gasolina, mas não óleo para a corrente. Planos alterados… a serrote, o espectro de árvores cortáveis reduziu-se consideravelmente. Mas pronto, paciência, o exercício só faz bem.

Lameiro Pequeno
O Daniel juntou-se e estivemos a desbastar velhos castanheiros que foram talhados há muitos anos, muito antes de chegarmos… seria impossível para mim cortar castanheiros daqueles…
Apesar da subtileza com que actuamos, deixando tudo muito igual à vista, o monte de detritos que se começou a acumular crescia a olhos vistos. Era isso e os fetos… ainda há pouco cortados… (Na fotografia, ao fundo um grande Carvalho-roble Quercus robur L.)

Lameiro Pequeno
Dali fomos para a levada no Lameiro Pequeno… há uma parte que quero limpar com afinco, mas por azar estava cheia de silvas e antigas vides, facilmente com 15 ou 20 metros… puxá-las do cimo das árvores além de difícil, é arriscado… ainda levei com um ramo na cabeça, mas por sorte estava bem leve de podre. Pouco depois uma silva espetou-se mesmo acima da testa. E eu julgava que já lhes tinha ganho…
Levamos todos os restos não aproveitáveis para o Lameiro Pequeno que formaram um grande monte a acender em breve num próximo piquenique, com castanhas — enfim, num magusto.

Lameiro Pequeno
Lá para as sete, outra churrascada. Ainda melhor que a primeira… provavelmente devido ao esforço dispendido. Depois só deu para recolher mais uns detritos e tivemos de regressar, não sem antes passar por casa do senhor Franklim. Levei-lhe um exemplar da revista Segredo da Terra, sobre variedades regionais de maçã. Deu-me logo um monte de mel, mas não foi pela revista, foi porque é amigo mesmo.
E lá viemos embora a toda a pressa… as crianças começam as aulas amanhã e não queríamos chegar demasiado tarde. Chegamos a tempo. Foi mais um dia perfeito.

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