Mais um elogio ao comércio tradicional
Depois da farsa e borracheira que é a “black friday”, um pequeno exemplo da diferença entre comprar no comércio tradicional ou nessas cadeias onde “quanto mais se gasta mais se poupa”:
Para os canteiros que vão ficando prontos, estava a pensar semear algum tipo de adubo verde. Pensei em algo como Ervilhaca, Vicia sativa, ou Tremoço-bravo, Lupinus luteus (conhecido também por Tremocilha), mas não é a época.
Fui ao Alípio Dias & Irmão e acabei por comprar Nabo ‘Bola de Neve’, Nabo ‘S. Cosme’ e Nabiça. As sementes de nabo (‘Bola-de-neve’) que vi a vender na Leroy Merlin e Jardiland em pacotes da Vilmorin com 1/4 das sementes ou menos, custavam respectivamente 1,19€ e 1,35€. As do Alípio, 1,15€ — uma diferença inacreditável.
Uma resposta para“Mais um elogio ao comércio tradicional”
Eu semeei um campinho de azevém – Lolium perenne. Fui a tempo porque apanhei aquele fim de semana de chuva. Agora tenho um campinho de azevém e um grande de tremocilha.
O azevém foi semeado com a intenção de asfixiar o escalrracho, não sei se irá resultar mas está lindo. Se o tempo por aí estiver húmido e regares até chover acho que ainda podes semear. É uma forrageira que dá três cortes e fica como se fosse relva natural. É muito bonito. Dos cortes podes fazer adubo.
Se calhar tento… esta semana está impossível. Devo ter algum tempo no fim de semana, mas devo andar a acartar entulho e lixo porque fica tudo de qualquer maneira e enerva-me isso. E não tenho tempo de ir ao Porto comprar as sementes…
E tenho de cortar o topo dos limoeiros, ainda nem me mudei e já tenho uma espécie de vizinha a tentar chatear-me por causa dos limoeiros. É por todo o lado esta gente mesquinha. “Já lhe pedi, está a estragar-me as caleiras que meti novas”. E estão lindas as caleiras!
Como se semeia? Revolve-se a terra, alisa-se, espalha-se as sementes e passa-se o ancinho?
Sim, revolves e depois alisas com um ancinho de dentes largo. Podes molhar um pouco antes de semear. Semeias e passas um ancinho de dentes mais finos. Eu semeei muito denso para fazer um belo tufo verdejante. Esqueci-me de dizer que dá três cortes no ano … corto com a roçadeira em tempo seco e recolho os restos para uma meda.
O eternos vizinhos … mas nós também somos vizinhos deles :)
Vou tentar… aqui não tenho espaço para medas :) .
Mas eu não sou mesquinho com os vizinhos. Vivi nesta casa 18 anos e nunca houve problemas com os vizinhos — mas agora que falo nisso, devia ter havido… os do lado eram caçadores e tratavam os cães de uma forma verdadeiramente ignóbil. Nós éramos crianças não podíamos fazer nada para além de lhes dar comida e os soltar sempre que eles não estavam (contra castigos e repreensões). Os cães habitavam uma jaula numa imundice que era preciso ser vista e cheirada para se acreditar… a alimentação era pão ensopado numa malga de água. Se fossem para fora, a alimentação era a dita malga no primeiro dia, nos outros zero. Desapareciam numa base regular e eram substituídos por outros infelizes. Esta gente merece algum respeito? Não sei se entretanto mudaram, duvido bastante.
Se fosse hoje de facto teria de haver problemas… pronto, se calhar o defeito é meu :) .
Não merece nada. Nada!!!
Aqui passamos pelo mesmo, ou semelhante. Até já ameacei com a GNR da natureza (agora não me lembro como se chamam) e deu resultado. Não seremos perfeitos, e entre ser civilizado, que é o mínimo que se espera, e ignóbil vai um abismo imenso. E quanto mais se vai para o Portugal profundo, pior.
Essa do Portugal profundo, infelizmente, também foi uma conclusão a que cheguei… É uma pena.