Mais um (crime execrável)
Dizia-me uma amiga a propósito da Associação Árvores de Portugal — uma das mais fúteis actividades em que poderia ter gasto o meu tempo —, que era tudo negativo, nós éramos muito negativos, numa palavra, no nosso site não havia nada positivo que cativasse as pessoas. Ninguém no seu duvidoso perfeito juízo, que se tenha disposto a fazer algo pelas árvores, terá algo de positivo para dizer neste país de arboricidas. Oh! Que felicidade super-positiva, a câmara plantou trinta esquálidas árvores na nossa zona huh, huh, huh, estou mesmo contente, huh, huh, huh.
Nada disso. Como (mais uma) demonstração, seguem-se fotografias de mais um crime execrável. O cedro Leylandii, estas tílias já com tantos anos no recinto de uma escola desactivada, imponentes, bonitas, de boa saúde, com espaço… Noutra escola parecida a 200m desta, deitaram todas abaixo menos duas e depois plantaram árvores pequenas em substituição. Isto só poderá fazer sentido para um arboricida, para um povinho falido que detesta árvores e as dizima com dinheiro emprestado. Tudo muito triste.
No concelho de Matosinhos, fui detectando, apenas no pequeno círculo que mais frequento, a verdadeira gestão desmiolada de mais esta autarquia arboricida. Um espectáculo deprimente.
Actualização: Nem me tinha apercebido que mais esta intervenção desastrada no património natural do concelho tinha sido no Dia da Árvore. O senhor presidente da câmara deve ter assistido à plantação de dezenas de árvores pelas criancinhas das escolas e deve ter sublinhado o empenhamento da câmara a que preside na defesa do verde da cidade. É uma tradição em Matosinhos destruir árvores nesta época. Um exemplo na página da Quercus e outro no blogue Dias Com Árvores (sobre os choupos entretanto abatidos). É de facto desanimador ter as árvores entregues a tanta insensibilidade e tamanha ignorância.
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