Não havia nada
O ritmo de uma estadia num local desconhecido é sem dúvida vagaroso ao princípio, e pensa-se como nos acostumaremos alguma vez à deliberada e pesada passagem das horas. Mas a cada dia que passa descobre-se um imperceptível aumento da velocidade, até que acabamos por deixar de ter qualquer atenção à passagem do tempo. Acomodámo-nos a uma vida que era estranha para nós apenas porque não havia nada “para fazer”, nenhum sítio onde ir e ninguém para ver.
—Paul Bowles (Viagens)
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