Há algo
“Achas que foi por ser demasiado inteligente?”
“Não tenho a estatística que liga a inteligência ao suicídio”, respondi.
“Sim, Tony, mas tu sabes o que eu quero dizer.”
“Não, de facto não sei.”
“Então põe a coisa assim: tu és um rapaz inteligente, mas não inteligente ao ponto de fazer uma coisa dessas.”
Olhei-a fixamente, sem pensar. Julgando-se encorajada prosseguiu:
“Quando alguém é muito inteligente, acho que há algo que pode transtorná-lo, se se descuidar.”
—Julian Barnes (O Sentido do Fim)
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